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Obra Paralisada

Ainda sem prazo, Petrobras garante retomada da UFN 3

Presidente da Petrobrás Jean Paul Prates e ministra Simone Tebet estiveram na obra da fábrica de fertilizantes, em Três Lagoas

Obra da fábrica de fertilizantes está paralisada desde 2014 em Três Lagoas, região Leste de MS - Foto: Reprodução/GovernoMS
Obra da fábrica de fertilizantes está paralisada desde 2014 em Três Lagoas, região Leste de MS - Foto: Reprodução/GovernoMS

"Hoje é o primeiro passo para revitalização e reaprovação da planta da UFN3. Uma vistoria técnica para vermos de fato a estrutura, porque para administrar precisamos conhecer como está a planta", afirmou o presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, nesta sexta-feira (26), durante visita oficial à fábrica da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN3), em Três  Lagoas.

Prates estava acompanhado do governador Eduardo Riedel, da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, secretários de Estado, deputados e o prefeito de Três Lagoas, Ângelo Guerreiro.

A expectativa é para a retomada da obra da UFN 3 paralisada desde 2014. O presidente da Petrobras não apresentou prazos mas destacou que já segue em curso uma avaliação técnica, econômica e ambiental do projeto. "Uma vez definida esta viabilidade econômica, nós então poderemos anunciar o retorno da obra, assim como edital de contratação", declarou Prates.

O governador Eduardo Riedel destacou os investimentos que estão sendo feitos em MS e projetos que vão contribuir para a retomada da UFN3, como a construção de malha ferroviária na região. "A ferrovia vai de Três Lagoas a Aparecida do Taboado, sobe ao norte e desce a Santos pela malha paulista. Um grande ganho potencial competitivo para fábrica".

Durante a visita às obras, funcionários da estatal apresentaram aos visitantes detalhes do andamento do projeto e da produção de fertilizantes, que podem ser produzidos na fábrica. 

A ministra Simone Tebet ponderou que a obra será a maior fábrica de fertilizantes nitrogenados da América Latina. "O Brasil chegou a produzir 50% de fertilizantes que consome e hoje tem apenas entre 15% e 16%. O Governo Federal apoia este investimento da Petrobrás, que vai impactar positivamente as lavouras, agronegócio e colocar comida mais barata na mês do povo brasileiro. Um sonho de Três Lagoas e uma necessidade ao desenvolvimento do Brasil", explanou Simone.

"A Petrobras tem interesse em investir no setor de fertilizantes para promover a sinergia com o agronegócio, reduzir a dependência do país em relação à importação de fertilizantes e gerar emprego e renda. Além disso, somos uma empresa integrada, que está olhando para o futuro e para a transição energética. Com a nossa capacidade tecnológica e operacional, facilidade logística e acesso a matéria prima, temos todos os elementos para fazer essa transição que é o futuro da Petrobras e das principais petrolíferas do mundo", disse Jean Paul Prates.

Presidente da Petrobras, Jean Paul Prates em visita à UFN 3Presidente da Petrobras, Jean Paul Prates em visita à UFN 3 e o governador Eduardo Riedel – Foto: Álvaro Rezende

UNIDADE DE FERTILIZANTES NITROGENADOS 3

A UFN3 está em fase de estudo de viabilidade técnica e econômica e o processo de licitação para a retomada das obras pode ser iniciado ainda este ano. A estimativa é que sejam gerados até oito mil empregos diretos e indiretos com as obras de finalização da planta.

A obra da Petrobras começou em 2011 e foi paralisada em dezembro de 2014, com 81% dos trabalhos concluídos. Na época, o valor orçado era de R$ 3,9 bilhões. A expectativa é que o processo licitatório para conclusão do projeto seja feito em dezembro deste ano, para que as operações na fábrica iniciem até o final de 2028.

A UFN3 surgiu com a expectativa de ser a maior fábrica de fertilizantes da América Latina, tendo como um dos objetivos reduzir a dependência do Brasil na importação do produto nitrogenado, dando mais autonomia nacional no setor de fertilizantes. Ela foi projetada para consumir diariamente 2,3 milhões de m³ de gás natural, fazendo a separação e os transformando em 3.600 toneladas de ureia e outras 2.200 toneladas de amônia por dia.

*Com informações do Governo de MS

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