A Vigilância Sanitária interditou a câmara frigorífica de uma empresa em Campo Grande, fornecedora de alimentos a prefeituras do interior de Mato Grosso do Sul. O flagrante ocorreu durante o cumprimento de mandados da Operação ‘Malebolge’, deflagrada em quatro municípios do estado, na manhã desta terça-feira (18), pelo Ministério Público Estadual (MPMS).
Durante a vistoria, agentes do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) e do Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc) encontraram alimentos vencidos, com evidências de estarem impróprios para o consumo dos alunos a quem seriam destinados na rede de ensino.
A Vigilância Sanitária foi acionada e confirmou as irregularidades na conservação dos alimentos. A empresa, que não teve o nome divulgado, foi autuada e interditada.
Operação ‘Malebolge’
O MPMS investiga um esquema criminoso envolvendo empresários e servidores públicos acusados de fraudes em licitações nas prefeituras dos municípios de Água Clara e Rochedo, com valores que ultrapassam os R$ 10 milhões.
O Ministério Público informou que “os núcleos de atuação apresentavam um mesmo modus operandi, com ligação na pessoa de um empresário que articulava o esquema criminoso“.
Até agora, as investigações revelaram que servidores públicos recebiam propina para atestar falsamente o recebimento de produtos e serviços e acelerar os trâmites administrativos necessários aos pagamentos de notas fiscais decorrentes dos contratos firmados entre os empresários e o poder público.
Durante o cumprimento dos 50 mandados judiciais, 11 pessoas foram presas preventivamente. Com um dos presos, os policiais encontraram R$ 9 mil em espécie.
Os 39 mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos municípios de Água Clara, Campo Grande, Rochedo e Terenos.