O ciclo de alta do boi gordo no Brasil, previsto para 2025, surpreendeu analistas ao se consolidar ainda em 2024, de acordo com levantamento da Scot Consultoria. Entre janeiro e outubro, a arroba subiu 22,2%, com 14,7% desde aumento ocorrendo a partir de setembro.
A oferta de boiadas caiu devido à escassez de fêmeas e pastos ainda em recuperação, enquanto o mercado interno e as exportações seguem aquecidos. Em outubro, o Brasil exportou 176,4 mil toneladas de carne bovina in natura, 42,1% acima do mesmo período de 2023, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
No mercado a arroba do boi gordo chegou a R$ 310 e do boi china a R$ 315. Já em relação as escalas de abate, elas se mantêm curtas, de 4 a 5 dias úteis, devido as dificuldades apresentadas pela indústria brasileira na aquisição de boi gordo.
Nos estados do Centro-Norte, segundo a Agrifatto, diversos frigoríficos operam com interrupções nos abates e 30% de capacidade ociosa. Com o agravamento da situação, algumas indústrias em MG, MS, MT, RO e PA estão planejando conceder férias coletivas nos próximos dias, reforça a consultoria.