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Alta no dólar e déficit nos repasses são apontados como causas de nova crise na Santa Casa

Após abertura de inquérito pelo MP, a direção do hospital alega que o montante recebido não cobre os custos do atendimento


Repasses do SUS à Santa Casa somam mais de R$ 32 milhões por mês - Foto: Arquivo/CBN-CG
Repasses do SUS à Santa Casa somam mais de R$ 32 milhões por mês - Foto: Arquivo/CBN-CG

O Ministério Público Estadual (MPMS), instaurou nesta semana um inquérito civil para apurar o desabastecimento de medicamentos e insumos, bem como a paralisação dos atendimentos ambulatoriais e eletivos na Santa Casa de Campo Grande.

A investigação também busca esclarecer quais medidas foram adotadas pelas secretarias de Saúde do Estado e do Município para evitar a desassistência aos pacientes. As cirurgias eletivas estão suspensas há quase um mês, incluindo os transplantes de rim.

A abertura do inquérito foi assinada na última sexta-feira (28) pela promotora de Justiça da Saúde, Daniella Costa da Silva, após ouvir representantes do hospital e das secretarias de Saúde.

Para ajudar a esclarecer a situação, a presidente da Santa Casa de Campo Grande, Alir Terra, e o vice-presidente, Jary de Carvalho e Castro, participaram de uma entrevista ao vivo na manhã desta quarta-feira (5) durante o Jornal CBN Campo Grande. Os gestores falaram sobre a instauração do inquérito, o problema crônico econômico-financeiro que atinge o hospital, a paralisação dos atendimentos e a transparência na administração dos recursos.

O pagamento por parte do Estado e do Município está sendo realizado de forma correta, dentro do prazo. A questão é que o valor do contrato pago hoje não cobre os custos, pois há dois anos ele não foi reajustado. Tivemos os dissídios coletivos de todas as categorias, como os médicos, a enfermagem e as equipes multiprofissionais. Além disso, enfrentamos uma inflação significativa nesse período. Outro fator é o aumento do dólar, que impacta diretamente os custos“, alegou a presidente sobre a suspensão de vários atendimentos nos últimos meses.

Confira a entrevista completa: