Já era previsível o recuo do ex-governador André Puccinelli (MDB) de concorrer à Prefeitura de Campo Grande. Ele "amarelou", desta vez, não por medo de perder uma disputa eleitoral, mas por falta de apoio financeiro do MDB para tocar a campanha. Outro fator que pesou na decisão de André foi a dificuldade de construir aliança em torno de sua pré-candidatura a prefeito. Ele bateu às portas dos partidos em busca de apoio e não conseguiu fechar com ninguém. André tentou até aproximação com o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Na conversa com o presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, foi informado do compromisso de Bolsonaro apoiar à reeleição da prefeita Adriane Lopes (PP). Essa aliança foi articulada pela senadora Tereza Cristina (PP) sem barulho para não atrapalhar as negociações.
É, talvez, a primeira experiência amarga de André em não conseguir atrair apoio a uma disputa eleitoral. Essa frustração mudou os seus planos políticos, afinal já foi prefeito por dois mandatos e governador, também, por dois mandatos e nesse período ganhou musculatura política e eleitoral.
Mas todos os partidos com pré-candidatos definidos queriam o seu apoio. Ele disse não em alguns contatos e até recusou, por exemplo, compor a chapa da Rose Modesto (União Brasil) como candidato a vice-prefeito.
Mas aceitou a proposta para subir no palanque do deputado federal Beto Pereira. As negociações estão avançadas para fechamento de aliança com MDB e André até deverá participar do evento de Beto na próxima sexta-feira para sacramentar a sua pré-candidatura a prefeito.
Nessas conversas com o chefão do PSDB, ex-governador Reinaldo Azambuja, André pediu a vaga de vice para o MDB. Ainda não foi, oficialmente, anunciada essa aliança. Um deputado estadual do partido comentou que não existe outro caminho para André e MDB.
Todos deverão mesmo ficar com Beto Pereira. O anúncio deve ocorrer no decorrer desta semana ou mesmo no evento de Beto na próxima sexta-feira.
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