Na manhã desta terça-feira (25), foi realizado no auditório do Bioparque Pantanal, o Seminário sobre Prevenção de Incêndios Florestais em Mato Grosso do Sul. O evento promovido pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) teve a presença de técnicos do Instituto de Meio Ambiente de MS (Imasul), Ibama, Corpo de Bombeiros, além de representantes do setor agropecuário.
Os numerosos incêndios florestais em 2020 no estado, que somaram 12.080 focos ativos, serviram como alerta que não basta apenas combater os focos de incêndios, e sim prevenir, sendo este a base do seminário. “O que nós estamos fazendo hoje com a campanha é conscientizar a população, conscientizar os produtores rurais, com ações práticas”, destacou Jaime Verruck, secretário da Semadesc.
De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em 2022 foram registrados 2.368 focos de calor em MS, sendo o manejo da pastagem a grande responsável por parte desses focos de calor. “A grande parte dos incêndios em nosso país ainda é de limpeza de pastagem. O proprietário rural faz isso em lugares errados, ou em períodos errados, sem a assessoria do órgão competente, e isso causa os incêndios”, frisou Fábio Duarte, da Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas (Reflore/MS).
A 11ª Campanha de Prevenção e Combate a Incêndios, com o tema “Fogo Zero” foi lançada numa parceria entre o poder público e a Reflore/MS para levar informações sobre as consequências do fogo à população rural.
"O nosso foco é muito claro, que a gente não tenha nenhuma repetição daquilo que nós vimos em 2020, que foi catastrófico sob o ponto de vista de incêndios florestais. […] Nós adquirimos aeronaves, preparamos aeroportos para isso, temos capacidade financeira para fazer o combate aos incêndios florestais. E caso ele aconteça, o estado de Mato Grosso do Sul está preparado junto com seus parceiros”, disse Jaime Verruck.
Mesmo com chuvas atípicas, o cuidado ainda deve ser redobrado. No pantanal, por exemplo, as enchentes carregam e acumulam muita biomassa que pode se transformar num fator propagador do fogo durante o período da estiagem.
Para, Alberto Setzer, pesquisador do Inpe, MS demonstra seriedade com a causa ambiental. “O fato de estar sendo realizado o seminário em um período de chuvas, mostra a determinação do governo de conseguir melhores resultados este ano. Mato Grosso do Sul se torna um dos melhores estados ao combate de incêndio. Isso pela legislação que o estado tem, pela estrutura interinstitucional, que coloca várias instituições diferentes atuando juntos”, concluiu.