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Apagão cibernético ocorreu por falha humana

Especialista em Direito Digital alerta para

Professor de Direito Digital, Raphael Chaia - Foto: LSSCom/CBN-CG
Professor de Direito Digital, Raphael Chaia - Foto: LSSCom/CBN-CG

O apagão cibernético que atingiu 8,5 milhões de dispositivos virtuais na última sexta-feira (19) em vários países, incluindo o Brasil, mas em menor escala, foi provocado por um erro na programação de atualização do sistema Falcon, uma espécie de antivírus corporativo para dispositivos endpoint, ou seja, os computadores finais de uma cadeia.

O erro fez com que o Falcon enxergasse o sistema operacional Windows como uma ameaça e atingiu toda a rede de computadores atendida pelo mecanismo, deixando fora do ar e inoperantes vários serviços essenciais, como transporte aéreo e operações bancárias.

O sistema Falcon é controlado pela CrowdStrike, líder do mercado mundical de segurança, que admitiu o erro. "Quando foi recebido pelo sensor e carregado no Content Interpreter, o conteúdo problemático no Channel File 291 resultou em uma leitura de memória fora do alcance, resultando numa exceção. Essa exceção inesperada não pode ser contornada, resultando em um crash do sistema Windows (BSOD)", informou a empresa.

As consequências desse bug atribuído a um erro humano, poderiam ter sido evitadas, de acordo com o professor de Direito Digital e presidente da Comissão de Direito Digital e Startups da OAB-MS, Raphael Chaia.

O professor explica que essa crise cibernética, mais uma vez, mostra o quanto estamos dependentes desses sistemas e que não existem sistemas 100% à prova de falhas.

Em entrevista à Rádio CBN Campo Grande, nesta quarta-feira (24), Chaia alertou aos usuários do Windows que, na tentativa de resolver sozinhos a falha usando dicas encontradas em tutoriais pela internet, podem ter deixado a segurança virtual totalmente vulnerável.

Assista à entrevista, na íntegra:

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