A usina de processamento de cana-de-açúcar, instalada no município de Fátima do Sul, a 350 quilômetros de Campo Grande, começou a produzir para exportação o açúcar VHP (Very High Polarization) – um açúcar bruto, de cor mais escura, que é usado como matéria-prima para a produção de outros tipos de açúcar. O primeiro carregamento de 7 mil toneladas de açúcar foi enviado para a Suíça.
A empresa Fátima do Sul Agro-energética, que desde 2011 produz etanol, investiu R$ 130 milhões na área industrial e armazém para diversificar a linha de produção. De acordo com o empresário e proprietário da usina, Daniel Gadotti, atualmente, o empreendimento gera 1.000 empregos diretos.
Com uma área de 28.500 hectares de cana plantada no município e região, a usina processou cerca de 2 milhões de toneladas da matéria-prima no último ciclo e projeta produzir 160 mil toneladas de açúcar na próxima safra (2025/2026).
O presidente da Associação dos Produtores de Bioenergia de MS (Biosul), Amaury Pekelman, que representa 22 usinas produtoras de açúcar, etanol, bioeletricidade a partir da cana e do milho em Mato Grosso do Sul, afirma que “a diversificação de produtos no portfólio das usinas de Bioenergia é uma tendência que tem trazido mais sustentabilidade aos negócios”.
“Se trata de um importante investimento o município e região, que conta com a capacidade da usina na geração de empregos e desenvolvimento local, além de contribuir para que Mato Grosso do Sul permaneça no ranking nacional de produção de açúcar no país, configurando na lista de produtos com maior receita em exportação para o Estado”, destaca o presidente da entidade.
Na safra passada (2023-2024), a produção de açúcar em Mato Grosso do Sul foi de 2.264.901 toneladas, 51% superior à safra anterior de 2022-2023 (1.500.301 toneladas).