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Ocupação

Após protesto de sem-tetos, área nobre é desocupada por máquinas da prefeitura

Manifestantes acompanharam o serviço

Para a desmobilização foram utilizadas uma motoniveladora e uma pá carregadeira - Foto: Karina Anunciato/CBN-CG
Para a desmobilização foram utilizadas uma motoniveladora e uma pá carregadeira - Foto: Karina Anunciato/CBN-CG

Pouco mais das 8 horas da manhã, desta quinta-feira (10), equipes da Secretaria de Infraestrutura, Obras e Serviços Públicos (Sisep) realizaram o serviço de desmobilização do espaço utilizado como estacionamento, por particulares, em parte do terreno da prefeitura no Bairro Chácara Cachoeira.

Para o serviço, a Sisep utilizou uma motoniveladora e uma pá carregadeira. Na ação, os servidores fecharam todas as entradas do espaço. Cerca de 10 pessoas, que participaram da mobilização, na quarta-feira (09) acompanharam os trabalhos na rua Elvira Coelho Machado, entre Anajá, Guruá e São Vicente de Paulo.

De acordo com o secretário adjunto da Sisep, Enéas Netto, o órgão público foi acionado pela Secretaria de Meio Ambiente e Gestão Urbana (Semadur).

“Nós somos acionados pela Semadur, que é a quem compete a fiscalização e o controle das áreas públicas do município. Eu estive aqui ontem conversei com os invasores que estavam fazendo uma manifestação em decorrência da utilização da área, que não tinha de acordo com a Semadur autorização para utilizar a área pública como estacionamento. Nesse sentido, solicitou o nosso apoio e nós viemos aqui para inutilizar a área para esta finalidade”

Hoje pela manhã, antes das equipes da prefeitura chegarem ao local vários veículos estavam estacionados na área. Quando os motoristas notaram a presença dos agentes públicos começaram a retirar os veículos e o serviço de desocupação da área teve início.

Os manifestantes permaneceram no local até a conclusão dos trabalhos pela Sisep. Para a atendente Gleice da Costa Salinas, 23 anos, embora a ação esteja longe da conquista da moradia, o fato de ter sido atendida pelo órgão público na manifestação, significa muito para quem normalmente não tem voz.

“O que fizeram com a gente foi desumano. Eles não vão sentir o que nós sentimos mais para a gente já é uma vitória porque alguém deu ouvido para a gente. Se para casa de famílias não pode ocupação, porque para carros de luxo pode”?, questionou Gleice. 

Firme no propósito de conseguir um local para morar, a manifestante informou que eles permanecem na área da prefeitura no Lagoa Park, sem os barracos destruídos no último domingo (06), dormindo embaixo de árvores do local. 

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