Na manhã desta terça-feira (7), aconteceu o lançamento do projeto “Retomada das Altas Coberturas Vacinais”, organizada pela Fiocruz, com o objetivo de apoiar o Programa Nacional de Imunizações (PNI) através de três eixos temáticos: Vacinação, Sistemas de Informação e Comunicação e Educação.
Após oito anos em queda na cobertura vacinal, é esperado que o país aumente as taxas de vacinação em todas as faixas etárias no Brasil. O Dr. José Cássio de Moraes, professor titular da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, conta a importância do plano nacional de vacinação.
“Nós precisamos recuperar as coberturas vacinais que tínhamos até 2015. Estamos com níveis de cobertura abaixo do esperado, que permite a circulação de agentes que foram erradicados por conta da vacina”.
Um exemplo é o caso do sarampo. Em 2016 o Brasil conquistou o certificado de eliminação do vírus do sarampo. Entretanto, em 2018 a doença voltou, e com mais de 10 mil casos confirmados na época, o país acabou perdendo a certificação. Outras doenças que podem ressurgir devido à baixa cobertura vacinal é a poliomielite, rubéola e difteria.
Para evitar a volta de doenças erradicadas e aumentar a taxa de vacinação, o plano pretende abordar três eixos. “Um ângulo é a questão da informação, divulgar em todas as mídias possíveis. Outro ângulo é o sistema de informação, melhorar ele. Outro aspecto é garantir uma maior acessibilidade da população as unidades. Nem todas as cidades tem uma rede”, explica o professor.
A vacinação em massa contra a covid-19 introduziu a carteira de vacinação digital, flexibilizando e facilitando o acesso à vacinação. José Cássio explica que os cartões de vacina têm que ser aprimorados para avisar as pessoas o dia em que ela tem que tomar a dose de vacina.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, a cobertura vacinal da população vem despencando, chegando em 2021 com menos de 59% dos cidadãos imunizados. Em 2020, o índice era de 67% e em 2019, de 73%. O patamar preconizado pelo Ministério da Saúde é de 95%.