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AGOSTO LILÁS

Aumento de 10% de medidas protetivas ajuda a reduzir feminicídios em MS

Mortes provocadas por companheiros diminuiu mais de 30% no estado

O sinal da letra 'X" na palma da mão ficou convencionada como pedido de socorro à violência doméstica - Foto: Reprodução/ Governo de MS
O sinal da letra 'X" na palma da mão ficou convencionada como pedido de socorro à violência doméstica - Foto: Reprodução/ Governo de MS

Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2023, apontam que o número de feminicídios diminuiu 31,8%, se comparado com o número de registros de 2022, e a quantidade de medidas protetivas concedidas pela justiça teve aumento de 9,2%.

Apesar da tendência positiva, sobram exemplos de vítimas de maridos ou companheiros no estado. Um exemplo é a história de Pâmela, que na reportagem será chamada apenas pelo primeiro nome, moradora de Rochedo, que foi vítima do ex-marido, há dois anos.

Ela morreu cerca de dois meses depois do ataque em decorrência dos ferimentos causados pelo ex-marido. Ele jogou gasolina e em seguida ateou fogo no corpo da ex-mulher dentro de casa, na presença dos filhos. Ela chegou a ser socorrida e levada ao hospital com queimaduras de 2° e 3° graus em 80% do corpo, além de ferimento de 4º grau na mão esquerda.

De acordo com informações do processo na justiça, a convivência entre eles era violenta. O homem era agressivo com a mulher. Eles estavam se separando quando o crime ocorreu. No último dia 01 de agosto, o autor do crime condenado a 30 anos de prisão.

Num primeiro momento, depois de ser agredida e internada no hospital, a mulher negou à polícia que os ferimentos tinham sido causados pelo ex-marido. No entanto, encorajada pela irmã e só depois de conseguir medida protetiva para ela e os dois filhos, ela concordou em dizer o que realmente aconteceu.

Só no ano passado foram concedidas oito mil medidas protetivas em Mato Grosso do Sul.

Para a delegada titular de Mulher da Capital, Elaine Benicasa, o registro da agressão e o pedido da medida protetiva são as principais formas de proteção à mulher.

“A maioria, se não 100% dos feminicídios a vítima se quiser tem a violência registrada, muito menos uma medida protetiva solicitada e nós sabemos que a medida protetiva, protege. Então se ela não tem um BO, se ela não tem uma medida ela fica menos protegida que aquelas que possuem. Nós temos um alto índice de mulheres que solicitam a retirada da medida protetiva, então quando eu digo que todos precisam estar engajados, não é apenas a rede de proteção, mas inclusive falamos da vítima”.

Confira a reportagem na íntegra: