
A dengue segue como um desafio de saúde pública em Mato Grosso do Sul, conforme aponta o mais recente Boletim Epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde, publicado em 10 de março de 2025. Até a Semana Epidemiológica 09 de 2025, foram registrados 3.801 casos prováveis da doença e 1.234 confirmações. O número de óbitos chegou a três, evidenciando o risco da circulação do vírus no estado.
Em comparação com os anos anteriores, a incidência da dengue apresenta uma variação significativa. Em 2023, foram confirmados 41.046 casos, enquanto, em 2024, o número caiu para 16.229. Neste ano, o índice de letalidade subiu para 0,24%, reforçando a necessidade de ações emergenciais para evitar complicações e novas mortes.
Campo Grande apresenta baixa incidência, mas demanda atenção
Apesar de Mato Grosso do Sul ter municípios com índices alarmantes, como Jateí, que registra uma incidência de 6.107 casos por 100 mil habitantes, a capital, Campo Grande, tem uma taxa de incidência de 8,7 casos por 100 mil habitantes, considerada baixa. Ainda assim, especialistas alertam para a necessidade de manter a vigilância ativa e intensificar as ações de combate ao mosquito transmissor, uma vez que surtos podem surgir rapidamente.
A vacinação contra a dengue tem sido uma das estratégias adotadas no estado. Até o momento, Mato Grosso do Sul recebeu 207.796 doses do imunizante, das quais 91.088 foram aplicadas na primeira dose, alcançando uma cobertura de 45,24% entre a população-alvo. Em Campo Grande, a adesão ainda está abaixo do esperado, com 29,51% da população de 10 a 14 anos, vacinada com a primeira dose.
Medidas de prevenção e controle
Diante do cenário epidemiológico, a Secretaria de Saúde do estado reforça a importância da participação da população na eliminação de focos do Aedes aegypti. Entre as recomendações estão:
- Evitar o acúmulo de água em recipientes expostos;
- Manter caixas d’água bem tampadas;
- Usar repelentes e telas de proteção em janelas e portas;
- Procurar atendimento médico ao apresentar sintomas como febre alta, dor no corpo e manchas vermelhas na pele.
Os dados mais recentes apontam altos índices de positividade para ovos do Aedes em cidades como Ivinhema e Naviraí, exigindo maior mobilização no controle vetorial.
Com a aproximação dos meses mais quentes e chuvosos, especialistas alertam que a tendência é de aumento nos casos de dengue. O reforço nas estratégias de prevenção e conscientização da população será essencial para conter a disseminação do vírus e evitar um agravamento da situação epidemiológica no estado.