Recentemente, a Justiça Estadual determinou que a prefeitura de Campo Grande e o Estado providenciem a reforma do telhado da Igreja São Benedito, na Comunidade Tia Eva. O pedido de reparo, iniciado em 2018, ainda não foi realizado.
Em entrevista ao Jornal CBN Campo Grande, nesta sexta-feira (24), a promotora de Justiça da 26ª Promotoria de Justiça do Meio Ambiente, Luz Marina Borges Maciel Pinheiro, apontou que um dos fatores que mais dificultam o trabalho de conservação é a falta de ações preventivas.
“Geralmente, a necessidade de restauro, que é um procedimento mais criterioso, mais complexo, mas a ausência de ações de conservação preventiva, de manutenção permanente, majoram a deterioração e o arruinamento do imóvel. Então, a ausência de cuidado e a proteção efetiva fazem falta”, explicou.
Além do prédio da Igreja São Benedito, o Ministério Público Estadual (MPMS) acompanha outras cinco ações civis públicas que cobram a manutenção dos pontos turísticos em Campo Grande.
“Infelizmente, vários outros imóveis de relevância histórico-cultural também padecem com a omissão do poder público. Já foram ajuizadas ações civis públicas pelo Ministério Público visando à proteção, por exemplo, da Esplanada Ferroviária de Campo Grande, da Rotunda, do Gabinete do Prefeito, da Escola Isauro Bento, do Obelisco, dentre outros”, detalhou.
Sobre a manutenção da Igreja São Benedito, em nota, a Prefeitura de Campo Grande informou à rádio CBN Campo Grande que “conforme acordado com o Ministério Público, a Secretaria-Executiva de Cultura e Turismo (Secult) ficou responsável pelo projeto executivo do restauro do local, havendo concluído e sendo entregue à Fundação de Cultura de MS, que, conforme estabelecido, será responsável pela execução da obra”.
Segundo a decisão do TJMS, a execução do serviço deve ser concluída em até 120 dias.