Os parlamentares da oposição impuseram uma derrota humilhante ao presidente Lula no Congresso Nacional. E a maioria da bancada de Mato Grosso do Sul ajudou a derrubar propostas que defendiam ações para cirurgia de mudança de sexo de crianças e adolescentes.
Outra questão polêmica derrubada pelos deputados federais e senadores foi sobre as ações tendentes a influenciar as crianças e adolescentes, da creche ao ensino médio, a terem opções sexuais diferentes do sexo biológico.
Outra proposta absurda derrubada foi a defesa de ações a desconstruir, diminuir ou extinguir o conceito de família tradicional, formada por pai, mãe e filhos, além do apoio à realização de abortos, exceto nos casos autorizados em lei.
Os parlamentares acabaram, também, com incentivo à invasão ou ocupação de propriedades rurais privadas.
Os vetos a essas ações em projetos da esquerda foram do então presidente Jair Bolsonaro por serem contra os costumes. Ele achava absurdo estimular crianças e adolescentes a mudarem de sexo e a ideia de acabar com a família tradicional.
O presidente Lula incorporou essa pauta, mobilizou seus ministros de articulação política e líderes para garantir a manutenção dessas ações, o que chegou a ser nterpretado como um ato de "vingança da esquerda". Mas ele não conseguiu romper a resistência dos conservadores do Congresso Nacional. Os vetos foram derrubados por ampla maioria, inlcuindo aliados do presidente.
O Congresso Nacional derrubou, ainda, o veto do presidente Lula à lei do fim da saída temporária de presos, a chamada saidinha. Lula havia definido que as visitas familiares de presos no semiaberto deveriam continuar. Deputados e senadores, no entanto, não concordaram com a decisão do Executivo.
A derrota do governo foi expressiva em ambas as Casas, como mostram os placares:
Senado: 11 parlamentares votaram para manter o veto e 52 para derrubar o veto;
Câmara: 126 para manter o veto e 314 para derrubar o veto.
Da bancada federal de Mato Grosso do Sul, a maioria votou pela derrubada do veto. Dr. Luiz Ovando (PP), Marcos Pollon (PL), Rodolfo Nogueira (PL) e Beto Pereira (PSDB) votaram contra a proposta de Lula. Já o deputado Geraldo Rezende (PSDB) não acompanhou o seu colega Beto e defendeu o veto. Também foram a favor do veto, os petistas Vander Loubet e Camila Jara.
Dos três senadores, Nelsinho Trad (PSD) e Tereza Cristina (PP) votaram contra o veto e Soraya Thronicke (Podemos) estava ausente.