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Boca no trombone

A partir de sexta-feira, os candidatos poderão pedir votos com corpo a corpo, alto falante e comícios

Adilson Trindade durante participação no Jornal CBN Campo Grande. - Foto: LSSCom/CBN-CG
Adilson Trindade durante participação no Jornal CBN Campo Grande. - Foto: LSSCom/CBN-CG

A campanha eleitoral começa oficialmente no dia 16 com os candidatos nas ruas pedindo votos. Em Campo Grande, oito estarão concorrendo à prefeitura. São três mulheres e cinco homens. Todos já estavam em pré-campanha com reuniões em bairros, participação ativa nas redes sociais. Ninguém poderia pedir votos, mas ao se apresentarem como postulantes a candidato já era pedido implícito do apoio do eleitor.

A partir de sexta-feira, no entanto, a campanha começa pra valer com pedido explícito de votos. Cada candidato está com estrutura pronta para o embate eleitoral. Os representantes dos partidos nanicos vão ter muita dificuldade por falta de estrutura logística e financeira.

O candidato do PSDB, deputado federal Beto Pereira, entra na campanha empurrado por uma ampla aliança de nove partidos (PSDB, Cidadania, Solidariedade, Republicanos, MDB, PL, PSD, Podemos e PSB) e deverá ocupar mais da metade do tempo de TV. O horário gratuito começa no dia 30. 

Beto contará com reforço do ex-presidente Jair Bolsonaro para tentar alavancar a sua candidatura no decorrer da campanha eleitoral. O PL de Bolsonaro é o partido que dará maior tempo de rádio e televisão para o candidato tucano.

Os senadores, Nelsinho Trad (PSD) e Soraya Thronicke (Podemos) são outros reforços para campanha de Beto, sem contar de outras lideranças políticas como o governador Eduardo Riedel (PSDB) e o ex-governador Reinaldo Azambuja, cacique tucano.

A prefeita Adriane Lopes (PP) busca a reeleição com apoio de apenas dois partidos sem grande tempo de TV como Avante e o PRD (que nasceu da fusão do PTB com Patriotas). O que salva é o PP, partido da prefeita, que tem muito tempo para horário eleitoral gratuito. Ela perdeu o apoio pouco antes da convenção do PL, que poderia dar outra dinâmica na campanha. Adriane contava com essa aliança para ter Bolsonaro em seu palanque. Mas ele trocou a prefeita pelo Beto.

A Rose Modesto (União Brasil) só terá o PDT na aliança. A grande liderança pedetista é o ex-prefeito Marquinhos Trad. Ele  encontrou abrigo no PDT depois de ser aconselhado pelo irmão, Nelsinho Trad, a cair fora do PSD para não atrapalhar a sua aliança com o PSDB. 

Mesmo não tendo grandes partidos em seu palanque para batalha eleitoral, Rose espera a presença de lideranças nacionais do União Brasil na sua campanha eleitoral. Uma dessas lideranças é o governador Ronaldo Caiado, de Goiás. Ele é pré-candidato a presidente da República em 2026 e vai participar da campanha de candidatos de seu partido nas capitais.

A deputada federal Camila Jara (PT) entra na campanha com apoio do PCdoB e PV. Ela é uma liderança emergente do PT em Mato Grosso do Sul e terá como vice o ex-governador e atual deputado estadual Zeca do PT. Mesmo disputando a prefeitura de uma cidade de eleitor conservador, ela espera virar o jogo com a participação de lideranças nacionais do partido na campanha. Uma delas seria a primeira-dama Janja. Se ela não vier a Campo Grande, deverá gravar vídeo pedindo votos para Camila.

Os demais candidatos enfrentarão maiores dificuldades para conseguir bater à porta do segundo turno.

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