Uma das exigências do ex-presidente Jair Bolsonaro para apoiar a reeleição da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), é deixá-lo escolher o vice. E a prefeita terá de aceitar o nome indicado sem contestação. Nem os dirigentes do PL vão dar palpites. Até podem ser ouvidos, mas ninguém terá o poder de decisão. A palavra final está com Bolsonaro.
Ele deixou isso bem claro à senadora Tereza Cristina, presidente regional do PP, quando acertou aliança com PL em Campo Grande. Tereza foi ministra da Agricultura do governo Bolsonaro o conhece muito bem e não irá por restrições ao nome do vice. Ela teve de engolir a indicação do Tenente Portela (PL) para sua primeira suplência de senador mesmo querendo outra pessoa para a vaga. Então, Tereza sabe muito bem que não adianta bater de frente com Bolsonaro.
Um dos nomes no radar de Bolsonaro para compor a chapa de Adriane é o deputado estadual Coronel Davi (PL). Ele deve ser convocado por Bolsonaro para uma reunião em Brasília com a finalidade de propor a sua indicação para vice de Adriane.
Coronel Davi, que é bolsonarista raiz, vai ouvir Bolsonaro, mas não deu sinal de ânimo em trocar mandato de deputado estadual para ficar na sombra da prefeita.
Ele até poderia aceitar a ideia se houver plano político para o futuro. Como a eleição é de dois em dois anos, Adriane largaria a prefeitura em 2026, caso for reeleita, para concorrer ao Senado ou outro mandato popular, e o vice seria efetivado no cargo de prefeito por mais de dois ano. Aí valeria a pena correr o risco.
Isso aconteceu com Adriane. Ela foi efetivada no cargo com a renúncia de Marquinhos Trad em abril de 2022 para concorrer ao Governo do Estado. Só que o plano deu errado. Perdeu a eleição e ficou sem a prefeitura.
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