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Bolsonaro enfraquece a luta do amigo Rodolfo Nogueira

Deputado de Mato Grosso do Sul conseguiu mais de 130 assinaturas em favor do impeachment de Lula

Adilson Trindade durante participação no Jornal CBN Campo Grande. Foto: Redação/CBN-CG
Adilson Trindade durante participação no Jornal CBN Campo Grande. Foto: Redação/CBN-CG

O ex-presidente Jair Bolsonaro não quer saber do impeachment do presidente Lula, esvaziando as articulações do seu amigo, deputado federal Rodolfo Nogueira (PL-MS), para aprovação do seu pedido. Ele já conseguiu mais de 130 assinaturas de parlamentares em defesa da proposta de afastamento de Lula do cargo.

Bolsonaro defende outra estratégia. Ele prefere ver Lula “sangrar” até as próximas eleições a ser afastado do cargo. Tanto é que o ex-presidente está convocando o movimento em todo o País no dia 16 de março para defender “Fora, Lula” em 2026 e pela aprovação da anistia em favor dos condenados dos atos de 8/1, quando manifestantes promoveram quebra-quebra no Congresso Nacional, Palácio do Planalto e no Supremo Tribunal Federal.

Esses atos populares organizados para serem realizados em todo o País serão diferentes de todos os outros já feitos. O clima político está cada dia mais quente e pode piorar ainda no decorrer do ano.

A denúncia do procurador-geral da República, Paulo Gonet, contra o ex-presidente Jair Bolsonaro por trama golpista jogou mais gasolina na fogueira. Gonet quer botar o ex-presidente na cadeia ainda este ano com aval do STF. Ele é criticado pelos bolsonaristas de turbinar a denúncia com fatos não relatados pelas investigações da Polícia Federal.

Em Mato Grosso do Sul, as lideranças da direita já estão articulando esse movimento pela anistia e “Fora Lula” para o dia 16 de março. Mas Rodolfo Nogueira ainda sustentará o seu pedido de impeachment de Lula. Inicialmente, ele contava com amplo apoio. Isso foi esvaziado com Bolsonaro declarando contra o afastamento de Lula.

Na avaliação de Bolsonaro, a proposta de impeachment não avançará na Câmara dos Deputados. Outro fator colocado nas conversas é que a efetivação do vice-presidente Geraldo Alckmin no cargo em caso de impeachment, não seria bom para os planos da direita nas eleições de 2026.

Bolsonaro aposta mais na queda da popularidade de Lula para o maior fortalecimento da direita.

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