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OPERAÇÃO PANTANAL

Bombeiros de MS atuam contra incêndios no Pantanal e ajudam moradores

Bases avançadas e tecnologia auxiliam no combate agilizado ao fogo no Pantanal e fortalecem apoio às comunidades locais

Bombeiros de MS atuam contra incêndios no Pantanal e ajudam moradores

A Operação Pantanal 2025, preparada e executada pelo governo de Mato Grosso do Sul, tem o objetivo de combater o fogo no Pantanal de maneira rápida e ágil, por meio da instalação de bases avançadas e de investimentos em treinamentos das equipes do CBM (Corpo de Bombeiros Militar) e em tecnologias de mapeamento de focos de incêndio, como drones e sensores.

No ano passado, foram instaladas onze bases avançadas em locais de difícil acesso no Pantanal, com histórico de incêndios florestais. As instalações visam diminuir o tempo de resposta no combate às queimadas, reduzindo os riscos à saúde da população que vive próxima às áreas atingidas e contribuindo para a preservação ambiental.

O posicionamento das equipes também é calculado de acordo com a direção dos ventos, que podem alastrar os incêndios de Mato Grosso para Mato Grosso do Sul. Além disso, há equipes que se deslocam pelo Rio Paraguai, monitorando focos vindos da Bolívia.

A base da Serra do Amolar, em funcionamento desde maio do ano passado, foi fundamental para conter o fogo vindo de Mato Grosso em abril de 2024, preservando parte do solo sul-mato-grossense.

“A guarnição foi atuar junto com o pessoal do outro lado do Mato Grosso, não esperamos o fogo chegar ao nosso estado. Mesmo assim, pelas condições atmosféricas, esse incêndio ultrapassou a margem e atingiu apenas 9 hectares. A gente fez um cálculo e, se tivesse que deslocar com a estrutura do município de Corumbá, que era a referência até então, esse incêndio poderia, em um dia, atingir mais de 200 hectares”, afirma a tenente-coronel do CBM-MS, Tatiane Dias de Oliveira Inoue.

A ação bem-sucedida dos bombeiros se deve ao treinamento intenso e ao uso de recursos como sensores remotos e à comunicação com os moradores, que informam sobre focos de incêndio na região. “A gente chega muito mais rápido aos locais de incêndio. Conseguimos mobilizar nossas equipes entre 3 e 4 horas; antes, o deslocamento levava de 7 a 8 horas”, explicou o subdiretor da DPA (Diretoria de Proteção Ambiental) do Corpo de Bombeiros, major Eduardo Teixeira.

Presença e atuação

Na Escola Municipal Rural de Educação Integral Polo São Lourenço e Extensões, localizada no Alto Pantanal, alunos e professores recebem orientações sobre os protocolos a serem seguidos em caso de incêndio.

“No ano passado tivemos orientações do Corpo de Bombeiros sobre evacuação, mas não tínhamos experiência. Saímos do prédio da escola por causa da quantidade de fumaça. O fogo estava perto, ficou em volta. Ficamos fora por aproximadamente três dias. O que os bombeiros nos ensinam é importante, até porque nossa capacitação vem por meio dessas informações. Precisamos aprender como lidar com essa situação”, diz Emílio Carlos Moraes, professor de matemática da escola

O local tem 32 alunos, alguns deles moram na unidade escolar e vão para casa nos fins de semana. As alunas e amigas Luiza Godoy e Thaila de Jesus relatam quando precisaram deixar o colégio, recém-construído no ano passado, para fugir do fogo.

“Eu moro perto da escola e já vi incêndios grandes. Em 2020 foram muitos, e o fogo chegou perto da minha casa. Mas não precisamos sair naquela época. Desta vez, saímos da escola principalmente por causa da fumaça, que era muita”, relembra Thaila.

A gente valoriza os bombeiros, porque é a primeira vez que estão realmente perto da gente, e sabemos que, se precisar, eles chegam rápido”, afirma Luiza.

No dia a dia operacional, as equipes também auxiliam a comunidade local com outros serviços, como reparos e atendimentos médicos.

“Estamos sempre ajudando a comunidade, e eles sabem que podem contar conosco para tudo: cortar uma madeira, arrumar um barco. É assim que vizinho se trata. E o pantaneiro é muito receptivo. Para o combate aos incêndios, esta base é importante no trabalho, assim como as demais, que servem de apoio à operação.”, afirma o subtenente Leonardo Leite.

A pantaneira Vicentina Íris de Souza, de 68 anos, afirma se sentir segura com a presença dos bombeiros na comunidade.

“Meu marido fez uma cirurgia e não consegue segurar o machado, mas os bombeiros estão aqui do nosso lado e trouxeram a motosserra. É uma diferença grande que faz na vida da gente. Eu me sinto maravilhada”, diz Vicentina.

*Com fotos e informações do Governo de Mato Grosso do Sul