Veículos de Comunicação

MEIO AMBIENTE

Bombeiros iniciam ações antecipadas para combater incêndios no Pantanal em 2025

Iniciativas incluem formação de brigadas e instalação de bases para agilizar combate em regiões isoladas

Iniciativas incluem formação de brigadas e instalação de bases para agilizar combate em regiões isoladas - Foto: Divulgação/Sejusp
Iniciativas incluem formação de brigadas e instalação de bases para agilizar combate em regiões isoladas - Foto: Divulgação/Sejusp

O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul iniciou nesta semana ações preventivas para enfrentar a temporada de incêndios no Pantanal, prevista para 2025. Entre as principais medidas estão a formação de brigadas comunitárias e instalação de bases avançadas para facilitar o combate às chamas em regiões isoladas.

Uma das primeiras ações foi a criação de uma brigada em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), através do Núcleo de Estudos do Fogo em Áreas Úmidas (Nefau).

A brigada funcionará em uma propriedade particular no município de Corumbá, uma das regiões mais afetadas pelos incêndios nos últimos anos.

Segundo subdiretor da Diretoria de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros, major Eduardo Teixeira, essas ações visam antecipar o enfrentamento dos incêndios, reduzindo os impactos no bioma.

“Iniciamos agora a formação de brigadas, palestras e treinamentos sobre incêndios florestais, além de avaliar locais estratégicos para instalação das bases avançadas”, explicou.

Em 2024, a instalação dessas bases em áreas remotas já se mostrou uma estratégia eficaz. Treze pontos estratégicos foram abastecidos com equipes, equipamentos e veículos especializados, que ajudaram a reduzir significativamente o surgimento de novos focos de incêndio.

O planejamento antecipado é essencial diante da previsão climática desfavorável. Desde setembro de 2023, Mato Grosso do Sul enfrenta uma seca prolongada, com chuvas abaixo da média histórica, aumentando o risco de incêndios florestais.

A meteorologista Valesca Fernandes, coordenadora do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec), destaca que mesmo com algumas chuvas registradas em 2024, a quantidade foi insuficiente para reduzir a seca acumulada.

“Estamos vivendo um período de chuvas abaixo da média histórica, com altas temperaturas e precipitações irregulares, o que reforça a importância da prevenção antecipada”, afirmou.

*Com informações da Sejusp