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SAÚDE

Campo Grande registra primeira morte por coqueluche em cinco anos

Lactente de um mês e 29 dias não havia sido vacinado e mãe não tinha histórico da vacina DTpa, essencial na proteção de recém-nascidos

Lactente de um mês e 29 dias não havia sido vacinado e mãe não tinha histórico da vacina DTpa, essencial na proteção de recém-nascidos - Foto: Reprodução/Governo de MS
Lactente de um mês e 29 dias não havia sido vacinado e mãe não tinha histórico da vacina DTpa, essencial na proteção de recém-nascidos - Foto: Reprodução/Governo de MS

A Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande confirmou a morte de um bebê de 1 mês e 29 dias por coqueluche, no dia 19 de fevereiro. Este é o primeiro óbito registrado pela doença na cidade desde 2019.

O bebê não havia recebido a vacina pentavalente, que protege contra a coqueluche, pois ainda não tinha idade para iniciar o esquema vacinal. A proteção nesse período inicial ocorre por meio da vacina dTpa, aplicada na mãe durante o pré-natal – estratégia fundamental para reduzir o risco de transmissão ao recém-nascido.

No entanto, não há registro de que a gestante tenha recebido esse imunizante.

Baixa cobertura vacinal preocupa

Apesar de não haver registros de óbitos pela doença desde 2019, e de nenhum caso notificado entre 2021 e 2023, os índices de vacinação abaixo da meta preocupam. O Ministério da Saúde recomenda uma cobertura de 95%, mas nos últimos cinco anos o índice não foi alcançado. O ano com melhor desempenho recente foi 2023, quando 90,78% das crianças com menos de um ano receberam as três doses da vacina.

A coqueluche é uma doença imunoprevenível, ou seja, pode ser evitada por meio da vacinação. Bebês com menos de um ano são os mais vulneráveis, pois apresentam maior risco de agravamento e evolução para complicações graves e até óbito.