A cidade de Campo Grande (MS) foi escolhida para sediar a 15ª Reunião da Conferência das Partes (COP15) da Convenção sobre a Conservação de Espécies Migratórias de Animais Silvestres (CMS). O evento, que ocorrerá entre 23 e 29 de março de 2026, reunirá representantes de cerca de 130 países para discutir estratégias globais de proteção da fauna migratória. O anúncio foi feito na última quarta-feira (26) pelo governo brasileiro e pelo Secretariado da CMS.
A conferência é considerada essencial para a conservação de espécies ameaçadas e dos habitats utilizados durante seus deslocamentos. Entre os temas previstos na pauta estão medidas contra a caça ilegal, fortalecimento de políticas ambientais e a inclusão de novas espécies na lista de proteção internacional.
De acordo com a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, sediar a COP15 reforça o compromisso do Brasil com a preservação da biodiversidade. O evento será realizado no Pantanal, um dos biomas mais ricos do planeta, considerado essencial para a sobrevivência de diversas espécies migratórias.
Brasil e a proteção da fauna migratória
O Brasil integra a CMS desde 2015 e abriga seis biomas que servem de rota para diversas espécies, como a onça-pintada, o falcão-peregrino, tartarugas marinhas e mamíferos aquáticos. A conservação desses animais é viabilizada por meio de leis ambientais rigorosas e cooperação internacional.
A secretária-executiva da CMS, Amy Fraenkel, destacou que a realização da COP15 no Brasil representa uma oportunidade para fortalecer o trabalho de proteção das espécies migratórias. A degradação dos habitats naturais e os impactos das mudanças climáticas são alguns dos desafios que exigem ações urgentes, segundo especialistas.
A expectativa é que a COP15 em Campo Grande reforce acordos internacionais, estabeleça novas metas de conservação e fortaleça programas de proteção para espécies em risco.
*Com informações da Comunicação Semadesc