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CRIME

Cão é resgatado em casa abandonada com agrotóxicos falsificados em Campo Grande

Material falsificado estava espalhado em quintal com acesso livre ao animal

Material falsificado estava espalhado em quintal com acesso livre ao animal - Foto: Divulgação/PMA
Material falsificado estava espalhado em quintal com acesso livre ao animal - Foto: Divulgação/PMA

Um cão da raça pitbull foi resgatado em uma casa desocupada na área urbana de Campo Grande, onde também foram encontrados galões de agrotóxicos armazenados de forma irregular.

A ocorrência, atendida pela Polícia Militar Ambiental (PMA), teve início no último fim de semana após uma denúncia anônima e foi concluída nesta quarta-feira (16).

No local, os policiais constataram que o animal estava sozinho, com fezes espalhadas pelo quintal e sem acesso controlado ao ambiente, onde havia diversos recipientes contendo venenos agrícolas.

Durante a vistoria, foram localizadas 51 embalagens de fungicida, além de galões de inseticida e fertilizante. De acordo com laudo técnico, os fungicidas eram falsificados.

Segundo a PMA, os produtos estavam sem contenção, ventilação ou sinalização de risco, o que representava perigo tanto para o animal quanto para quem tivesse acesso ao imóvel.

Foram observadas marcas de mordida em algumas embalagens, possivelmente causadas pelo cão, o que aumentava o risco de vazamento e contaminação.

A proprietária da casa informou que o imóvel estava alugado e que desconhecia a existência dos produtos e do animal. De acordo com ela, o inquilino havia se mudado para outro estado, deixando o local abandonado.

Cão resgatado na residência abandonada – Foto: Divulgação/PMA

O cão foi avaliado por um médico-veterinário, não apresentava sinais de intoxicação e foi entregue temporariamente a uma vizinha. A armazenagem inadequada de defensivos agrícolas em área urbana configura infração ambiental, e a falsificação dos produtos levanta suspeitas de crime contra a saúde pública.

O antigo inquilino foi autuado em R$ 330 mil pelos agrotóxicos falsificados e em mais R$ 500 pelos maus-tratos ao animal. Os autos da ocorrência foram encaminhados aos órgãos ambientais e às autoridades competentes, que devem investigar a origem dos produtos e eventuais responsabilidades criminais.

*Com informações da PMA