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SAÚDE

Capital registra três casos confirmados de raiva em morcegos este ano

O número é metade do total de casos registrados em todo o ano passado

Morcego capturado dentro de uma casa em Campo Grande
Morcego capturado dentro de uma casa em Campo Grande | Foto: Reprodução/ CCZ


Na última sexta-feira (7), o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) confirmou o terceiro caso de raiva em morcegos em Campo Grande. O número já é metade do total de casos registrados em todo o ano passado na Capital, quando foram confirmados seis registros.

Maria Aparecida Conche Foto: Karina Anunciato

De acordo com a veterinária do CCZ, Maria Aparecida Conche, este ano também aumentou o número de acionamentos da instituição para o recolhimento de morcegos encontrados no perímetro urbano. “Em 2025, já são mais de 100 chamados da população para o recolhimento de morcegos encontrados em Campo Grande”, explicou.

Conforme a veterinária, o crescimento dos casos confirmados se deve à informação das pessoas sobre o que fazer quando encontra um animal desse tipo em casa.

“Conscientização. A população começa a ter conhecimento da importância e realmente saber o que fazer. Somos os responsáveis pela vigilância da raiva nos morcegos. Com isso, acaba havendo um aumento no número de morcegos recolhidos e, consequentemente, o número de diagnósticos positivos também tem aumentado”, destacou.

O último animal resgatado com diagnóstico positivo para a raiva foi encontrado no Jardim Ahahi. O morcego foi achado por um morador no quintal da residência. Todos os animais foram encontrados em diferentes regiões de Campo Grande: o primeiro na região do bairro São Francisco e o segundo no Jardim Ouro Preto, perto do Hospital do Pênfigo. Segundo a veterinária, isso demonstra que, em toda a cidade, existe o risco de contaminação.

Uma das orientações da veterinária, caso alguém encontre um animal caído, vivo ou morto, é manter o isolamento e acionar as equipes do CCZ.

“Jamais encoste no morcego com a mão. A orientação principal é colocar alguma coisa por cima, nem que seja um pano, e deixá-lo ali. Não tente pegá-lo, porque, se estiver vivo, pode reagir e morder. Se estiver morto, também oferece risco de contaminação, pois o vírus pode estar presente na superfície do animal”, orientou Maria Aparecida.

Acompanhe a entrevista completa: