A interdição do Restaurante Universitário (RU) no câmpus da UFMS de Três Lagoas, no início desta semana, acabou revelando detalhes de um esquema criminoso para fraudar o contrato de fornecimento de refeições aos estudantes.
De acordo com a Polícia Federal, imagens do circuito interno da Universidade revelam que, diariamente, mesmo após o horário de fechamento, o restaurante continuava registrando a entrega de várias refeições, como se ainda houvessem alunos no local.
“As investigações também apontam que, todos os dias, após o fechamento do refeitório, os envolvidos passavam mais de 100 (cem) carteirinhas estudantis, simulando que haviam alunos adquirindo a refeição subsidiada pela Universidade Federal“.
Polícia Federal de MS
Diante da fraude e suspeita de superfaturamento das refeições, o contrato com a empresa terceirizada – responsável por fornecer a alimentação aos estudantes – foi suspenso na segunda-feira (24).
A denúncia havia sido feita pela Pró-Reitoria de Administração e Infraestrutura da UFMS e o caso encaminhado para a Procuradoria da República e à Polícia Federal, que abriu uma investigação no mesmo dia.
Nesta sexta-feira (28), a Polícia Federal cumpriu dois mandados de busca e apreensão em Três Lagoas, expedidos pelo MM. Juízo Federal de Garantias da 3ª Vara de Campo Grande/MS, durante a Operação Lucro Espúrio, deflagrada para evitar a destruição de provas pelos envolvidos.
Um dos mandados foi cumprido no câmpus da UFMS e o outro na casa de um dos investigados por crime de peculato e fraude em execução de contrato administrativo. Foram apreendidos computadores, aparelhos celulares e um veículo.