A Polícia Militar Ambiental (PMA) investiga o desaparecimento de um homem de 47 anos na região do Pantanal de Corumbá, em Mato Grosso do Sul. Há suspeita de que ele tenha sido atacado por uma onça-pintada o início da manhã desta segunda-feira (21).
A suposta vítima é funcionário de um pesqueiro na região do Touro Morto, às margens do Rio Aquidauana, próximo à barra do Rio Miranda.
De acordo com vídeos que circulam pelas redes sociais, pegadas do felino e rastros de sangue foram encontrados no local onde o caseiro foi visto pela última vez. As imagens foram gravadas por pessoas que estiveram na área nesta manhã e mostram marcas de sangue sobre uma passarela de madeira, bem como várias pegadas de onça nas proximidades. (veja vídeo abaixo)
Equipes da PMA fazem buscas no local, utilizando embarcações e drones para vasculhar a área alagada. Um helicóptero da Secretaria de Justiça e Segurança Pública também estaria sendo enviado para ajudar nos trabalhos de busca.
Amigos do caseiro, conhecido como Jorginho, afirmam que a morte está confirmada, embora a Polícia Militar Ambiental siga apurando o caso. A suspeita é de que a onça tenha aparecido na casa onde ele mora por volta das 5h30.
Conforme relatos, Jorginho se apavorou e tentou correr para o rio, mas foi cercado pelo felino no meio do deck que leva até as águas.
Turistas que foram até o local para comprar mel se depararam com vestígios do ataque. “A onça comeu o caseiro“, disse um dos populares em um dos vídeos que estão viralizando na internet.
Até o momento, a PMA não divulgou nota oficial sobre o caso. As investigações contam com apoio de fazendeiros da região e voluntários.
A região onde ocorreu o suposto ataque é de difícil acesso e está parcialmente alagada devido ao período de cheias no Pantanal.
Ataques de onça no Pantanal
Ataques de onça a humanos são raros, mas podem ocorrer em situações de escassez alimentar ou se o animal se sentir ameaçado. O Pantanal, um dos biomas mais ricos em biodiversidade do mundo, é habitat natural da onça-pintada.
A PMA alerta moradores e trabalhadores da região para que redobrem os cuidados, evitando circular sozinhos em áreas de mata fechada e alagados, principalmente durante o início da manhã e fim da tarde, horários de maior atividade dos felinos.