De acordo com o último boletim epidemiológico da dengue (24) divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), o número de casos da doença cresceu três vezes mais em apenas uma semana. O número saltou de 43, no boletim apresentado no dia 16, para 146, no levantamento do dia 24. Em Campo Grande, só neste ano, até o dia 23 de janeiro, foram notificados 375 casos de dengue.
Segundo o infectologista e professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Julio Croda, este é o momento de crescimento de casos, já que o verão é marcado pela presença da chuva.
“Embora tenhamos tido crescimento no número de casos no inverno, no ano passado, agora é a época de aumento de casos. Por isso, este crescimento nas primeiras semanas preocupa”.
Este ano, o combate contra a doença recebeu uma nova arma, a vacina. Apesar da tecnologia, o especialista é categórico ao afirmar que a principal defesa é a eliminação dos focos do mosquito.
“A vacina é uma ferramenta muito importante, especialmente, porque evita a forma mais grave da doença que pode levar a óbito. Mas é importante destacar que 80% dos focos do mosquito estão dentro de casa. Então é importante tampar caixas d’água, eliminar recipientes com água parada para um combate efetivo […] Eliminar totalmente é impossível, mas podemos controlar”.
Durante a entrevista, ao Jornal CBN CG, desta terça-feira (30), o médico explicou a escolha do Ministério da Saúde pela imunização de crianças e adolescentes para receber a vacina contra a dengue. Segundo a pasta, serão imunizadas pessoas com idade entre 10 a 14 anos. Em todo o ano passado, a Capital registrou 17.033 notificações de dengue e seis óbitos provocados pela doença. Foram notificados, de janeiro a dezembro de 2023, 92 casos de zika e 176 de chikungunya.Acompanhe a entrevista completa.