Veículos de Comunicação

ALERTA

Casos de dengue se aproximam de 800 em CG, e sete bairros enfrentam risco alto de surto

Bairros como Chácara dos Poderes e Guarandi enfrentam acúmulo de água e lixo, favorecendo a proliferação do mosquito

Bairros como Chácara dos Poderes e Guarandi enfrentam acúmulo de água e lixo, favorecendo a proliferação do mosquito - Foto: Reprodução/Sesau
Bairros como Chácara dos Poderes e Guarandi enfrentam acúmulo de água e lixo, favorecendo a proliferação do mosquito - Foto: Reprodução/Sesau

O número de notificações de dengue em Campo Grande já chega a 793, conforme dados da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau). Algumas regiões da capital estão em estado de alerta, com incidência que pode chegar a 550 casos a cada 100 mil habitantes, muito acima da média da cidade, que é de 88 casos por 100 mil pessoas.

Bairros como Cabreúva, Cruzeiro, Chácara dos Poderes, Doutor Albuquerque, Bandeirantes, Alves Pereira e Guanandi estão entre as áreas classificadas como de risco muito alto para a doença.

Na Chácara dos Poderes, o morador Sérgio Vitoretti, que vive na região há duas décadas, afirma não conhecer vizinhos que tenham contraído dengue, mas demonstra preocupação com o acúmulo de água nas ruas devido à falta de infraestrutura.

“Nenhuma rua é asfaltada. O IPTU aqui é um dos mais caros da cidade porque são áreas grandes, mas, mesmo assim, não temos asfalto e nem manutenção. Desde que as chuvas começaram, há água acumulada. Para chegar em casa, eu e meu vizinho tivemos que construir um aterro porque a água não desaparece”, relata.

Outro bairro que enfrenta alta incidência de casos é o Guanandi. O morador Reinaldo Ribeiro denuncia o acúmulo de lixo e a falta de ações efetivas de limpeza, o que pode estar contribuindo para a proliferação do mosquito transmissor da doença.

“Já tivemos casos de dengue na vizinhança. O problema aqui é o lixo acumulado e veículos abandonados na rua. Isso tudo facilita a criação de criadouros do mosquito”, diz.

De acordo com a Sesau, mais de 30 mil imóveis foram vistoriados neste ano, sendo que 702 apresentavam focos do mosquito. Na rede pública de saúde, 43 atendimentos por dengue foram registrados na atenção básica e 355 em unidades de urgência e emergência.

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Campo Grande para questionar as demandas dos moradores, mas não obteve resposta até o fechamento da matéria.