As aulas nas escolas públicas de Corumbá foram temporariamente suspensas em resposta ao aumento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). A decisão foi anunciada pela Prefeitura nessa segunda-feira (28) e atinge toda a Rede Municipal de Ensino (Reme).
De acordo com a administração municipal, a medida é preventiva e tem como objetivo proteger alunos, professores e funcionários diante do surto de doenças respiratórias. O retorno das atividades presenciais será avaliado conforme o cenário epidemiológico evoluir.
Paralelamente à suspensão, a Prefeitura de Corumbá recomendou o uso de máscaras em locais fechados, especialmente nas escolas, e intensificou as campanhas de vacinação contra Influenza. Dados recentes indicam um crescimento expressivo nos atendimentos médicos e nas internações hospitalares por sintomas respiratórios na cidade, situação que também se repete em outras regiões do estado e na Capital.
ACP orienta escolas a reforçar biossegurança
Enquanto Corumbá adota medidas mais drásticas, em Campo Grande o Sindicato dos Profissionais da Educação (ACP) emitiu orientações para reforçar os protocolos de biossegurança nas unidades escolares.
O comunicado alerta para o aumento dos casos de SRAG na Capital e destaca a importância da intensificação das ações de prevenção. Entre as principais recomendações estão o uso contínuo de máscaras, higienização frequente das mãos, manutenção de ambientes ventilados e afastamento imediato de pessoas com sintomas respiratórios.
O presidente da ACP, Gilvano Bronzoni, ressaltou a necessidade do empenho coletivo para proteger a comunidade escolar. “Estamos atentos e pedimos o apoio dos professores para que sejam agentes de conscientização junto às famílias”, frisou.
Campo Grande enfrenta uma situação crítica, com 971 casos de SRAG registrados desde o início do ano, dos quais 486 foram confirmados e 66 evoluíram para óbito. A Prefeitura decretou situação de emergência por 90 dias e implementou medidas como ampliação da vacinação contra Influenza e atendimento pediátrico 24 horas em unidades de saúde.
O sindicato também destacou a importância da vacinação como principal estratégia para reduzir a transmissão de vírus como Influenza A, Rinovírus e Vírus Sincicial Respiratório (VSR), especialmente entre crianças.