Acessibilidade, um direito esquecido nas políticas públicas de MS

Em entrevista à Rádio CBN Campo Grande, nesta segunda-feira (30), o presidente da Comissão dos Direitos da Pessoa Idosa da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MS), Nelson Alfonso, abordou questões essenciais sobre o envelhecimento da população e a falta de políticas públicas adequadas para os idosos.

A conversa ocorreu em torno do Dia Internacional da Pessoa Idosa e do aniversário do Estatuto da Pessoa Idosa, instituído no Brasil para garantir direitos fundamentais a essa faixa etária, como a reserva de 3% das unidades habitacionais para idosos.

Segundo Alfonso, a reserva mínima de 3% já não atende mais a realidade atual. Ele destacou que o envelhecimento populacional no Brasil é evidente, e Mato Grosso do Sul já possui cerca de 15% da sua população com 60 anos ou mais. “Precisamos rever as cotas mínimas e ampliar essas garantias para o presente, não apenas pensar para o futuro”, afirmou o presidente da comissão.

Outro ponto crucial levantado por Alfonso foi a acessibilidade. Ele destacou que a falta de adaptação de imóveis, especialmente em locais comerciais, exclui pessoas com mobilidade reduzida, não apenas idosos, mas também mães com carrinhos de bebê e pessoas temporariamente impossibilitadas de caminhar.