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Adolescente confessa assassinato de professor universitário

Crime teria sido motivado por desentendimento relacionado a dívida de R$ 200; suspeito agiu de forma fria ao ser detido

Roberto era ator, dramaturgo e integrou o saudoso TPI (Teatro da Patota Infantil), na década de 70, antes de ir para a capital.
Roberto era ator, dramaturgo e integrou o saudoso TPI (Teatro da Patota Infantil), na década de 70, antes de ir para a capital. | Reprodução/Rede Social

Conforme informações do Batalhão de Choque da Polícia Militar, o jovem, de 17 anos, que tirou a vida do professor universitário da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) e ex-superintendente de Cultura em Campo Grande, Roberto Figueiredo, de 68 anos, demonstrou uma postura calculista ao ser detido pelos agentes, no bairro Caiobá.

Segundo o tenente-coronel do BCPM/MS, Rigoberto Rocha, o jovem admitiu o homicídio, demonstrando frieza durante a abordagem policial. O adolescente também teria declarado aos policiais que mantinha um envolvimento há alguns meses com a vítima e que o crime ocorreu após uma discussão, motivada por uma suposta dívida de R$ 200 que Roberto teria com ele.

“Ele contou que foi cobrar o valor, e, quando a vítima negou, ele a agrediu com um copo de vidro na cabeça, derrubando-a. Em seguida, golpeou-a com uma faca”, detalhou Rocha.

Ainda segundo o oficial, todos os pertences roubados da residência foram trocados por drogas, exceto o carro. O suspeito teria passado na casa de uma adolescente e, depois, em um amigo de 22 anos, que ficou com o veículo. Este homem já possui histórico criminal por roubo, furto e violência doméstica.

Prisão

Segundo o Batalhão de Choque, a equipe realizava rondas na região sul da cidade quando recebeu a informação de que o veículo do professor universitário, vítima de latrocínio na madrugada, havia sido avistado na área.

Os policiais iniciaram as buscas na Rua da Divisão e localizaram o Jeep Renegade próximo à Rua Rachel de Queiroz. O automóvel era conduzido pelo jovem de 22 anos, que negou participação no homicídio, alegando que o carro lhe foi entregue por outro indivíduo enquanto consumiam bebidas alcoólicas.

Aos policiais, o jovem relatou que, enquanto bebiam, o colega confessou ter matado um homem e “ter feito a boa” – indicando que havia lucrado financeiramente com o ato -, tendo ficado com o carro, cartões de crédito, além de uma televisão, um celular e um notebook. Em seguida, os dois circularam com o veículo por diferentes bairros da cidade.

Ainda conforme o Batalhão de Choque, uma terceira pessoa envolvida no crime foi identificada, mas segue foragida.

O jovem foi encaminhado à Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude).