Ednei Cláudio de Oliveira, de 48 anos, morreu no sábado (21), após sofrer um ataque de abelhas enquanto trabalhava na Fazenda Carumã, em Camapuã, a 141 quilômetros de Campo Grande. Segundo o boletim de ocorrência, Ednei tinha histórico de alergia, o que pode ter agravado a situação.
Ele e um colega operavam um trator quando foram surpreendidos por um enxame e sofreram várias picadas. O Corpo de Bombeiros foi acionado e encaminhou as vítimas ao hospital, mas Ednei não resistiu. Em 2023, o SUS registrou 560 acidentes causados por abelhas em Mato Grosso do Sul.
O biólogo Heverton Grosskopf Ozorio já atuou diretamente com abelhas e explica que a reação à ferroada do inseto depende de três fatores: qual é o tipo de abelha, qual é o organismo que está recebendo essa picada e qual é a quantidade de picadas que essa pessoa está recebendo.
Heverton ressalta que organismos que têm propensão a ter alergia a abelhas desenvolvem uma reação desencadeada. “Quando a pessoa já apresenta sensibilização, ou seja, ela já foi picada uma vez pela abelha, o corpo dela já reconhece a estrutura da molécula da toxina da abelha. Quando ela é picada novamente, tem uma reação desproporcional, então acaba tendo uma reação maior do que uma defesa imunológica”, explica.
Nas situações em que há um número grande de ferroadas, o organismo pode sofrer insuficiência renal, como aponta o biólogo: “Sobrecarrega os rins e a pessoa pode ter uma falência renal, começa a destruir as hemácias do nosso corpo e isso pode levar a óbito”.
Heverton explica que, ao ser picado por apenas uma abelha, não é recomendado retirar o ferrão com uma pinça.
“Depois que alguém é picado, a bolsa de veneno que fica junto com o ferrão continua injetando o veneno no corpo durante uns dois minutos. Então, tirar o ferrão é importante. O ideal é pegar um cartão e raspar, porque, se usar uma pinça, pode apertar essa bolsa e ajudar a injetar mais rápido o veneno que está presente ali.”
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