O café na Etiópia é muito mais do que uma simples bebida; é uma parte essencial da cultura e da identidade nacional. Acredita-se que o café arábica tenha suas origens nas montanhas etíopes, onde a planta foi descoberta há séculos.
A lenda de Kaldi, um pastor que notou o efeito energizante do consumo dos frutos do café por suas cabras, marca o início dessa fascinante história. Desde então, a Etiópia se tornou sinônimo de café de alta qualidade, cultivando diversas variedades em suas regiões montanhosas.
As principais regiões produtoras de café na Etiópia incluem Sidamo, Yirgacheffe e Harrar, cada uma oferecendo perfis de sabor distintos devido ao seu clima e solo únicos.
O café da região de Yirgacheffe, por exemplo, é conhecido por suas notas florais e frutadas, enquanto o café de Harrar apresenta um perfil mais encorpado, com sabores de chocolate e frutas secas. Essa diversidade de sabores torna o café etíope altamente valorizado no mercado global, atraindo amantes da bebida em todo o mundo.
Além de sua qualidade, o café etíope possui um profundo significado cultural, especialmente na tradição do ritual do café, conhecido como “bunna”. Durante este ritual, os grãos são torrados e preparados com cuidado, criando um momento de socialização e comunidade, onde amigos e familiares se reúnem para compartilhar histórias e fortalecer laços.
Essa prática reflete a hospitalidade etíope e a importância do café como um símbolo de amizade e união, destacando o papel central que a bebida desempenha na vida cotidiana do povo etíope.
Confira a coluna Viagem de Sabores desta quinta-feira (21), com Chef Paulo Machado