Veículos de Comunicação

CBN Em Pauta

Consórcio Guaicurus aposta em novo gestor para melhorar serviços

Enquanto não for tratado como direito social, transporte público continuará sendo de má qualidade em Campo Grande

Parte da frota do Consórcio Guaicurus, renovada neste ano sem implemantação de ar condicionado - Foto: Reprodução/Voxms
Parte da frota do Consórcio Guaicurus, renovada neste ano sem implemantação de ar condicionado - Foto: Reprodução/Voxms

Alvo de críticas constantes dos usuários, a má qualidade segue ano a ano como o principal adjetivo usado pela população para definir o transporte público em Campo Grande.

Ônibus sucateados, viagens com atraso, baixa velocidade e principalmente o elevado valor da tarifa são fatores que vêm provocando a fuga de passageiros, que estão optando pelos aplicativos de transporte e motocicletas para se deslocar no município.

Como o valor da tarifa é definido por meio do rateio dos custos com o número de passageiros pagantes, quanto menor a quantidade de usuários, maior será o valor do passe.

E quanto maior for o custo final para o passageiro, maior será também o número dos que irão abandonar o transporte público, metendo-se um circulo vicioso que em algum momento irá provocar o colapso de todo o sistema.

O Consórcio Guaicurus, que há décadas mantém o monopólio do transporte público em Campo Grande, ao qual se apega de maneira ferrenha mesmo alegando que o sistema gera prejuízos ao invés de lucro, pouco ou quase nada sugere para reverter essa situação.

Agora, ao que parece, decidiu ir além das ações judiciais para buscar o reequilíbrio de receitas e despesas e contratou um executivo do mercado para tocar a operação.
Trata-se de Themis de Oliveira, que dirigiu a Águas Guariroba durante cinco anos e que a partir de 6 de janeiro de 2025 assume a presidência do Consórcio Guaicurus.

Com formação em Geologia e especialização em finanças corporativas, atuou durante cerca de 36 anos nas áreas de saneamento, infraestrutura e administração pública e privada.

Entre os cargos que ocupou estão o de conselheiro do Banco do Estado de Mato Grosso (Bemat), diretor na Sanemat, além de secretário de Planejamento, Administração e Governo e diretor da empresa de saneamento em Rondonópolis.

Apesar do extenso currículo, o sucesso de suas ações à frente do Consórcio Guaicurus vai depender, primordialmente, do entendimento dos gestores e da classe política de que enquanto não for tratado como direito social, conforme preconiza a Constituição Federal, o transporte de massa em Campo Grande vai continuar do jeito que está, sem qualquer avanço.