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Crise hídrica em MS intensifica adoção do PSA

O programa visa gratificar os produtores rurais que utilizam serviços sustentáveis para preservar o meio ambiente.

Arthur Falcette e Fabiano Reis nos estúdios da Rádio CBN CG
Arthur Falcette e Fabiano Reis nos estúdios da Rádio CBN CG | Foto: Duda Schindler/ CBN-CG

A crise hídrica tem afetado o estado de Mato Grosso do Sul de maneira severa, especialmente no Pantanal. Em maio, a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) declarou situação de escassez hídrica e impôs restrições ao uso da água. A medida, vigente até 31 de outubro, quando acaba o período de seca na bacia do Paraguai, fez com que o Governo do Estado adotasse medidas para minimizar o impacto, principalmente no setor agropecuário.

Segundo o secretário executivo de Meio Ambiente, Arthur Falcette, a seca acumulada desde 2019 prejudicou tanto a produção agrícola quanto as exportações, especialmente pelo Rio Paraguai, que está abaixo do nível necessário. “Estamos enfrentando a pior crise hídrica, e isso afeta toda a cadeia produtiva“, afirmou Falcette, destacando o trabalho junto a associações para apoiar os produtores.

Para amenizar os impactos, ele destaca dois pontos fundamentais: “A capacidade de planejamento diante desses cenários e a necessidade de sistemas de produção mais resilientes“. Falcette acredita que o estado enfrentará ciclos cada vez mais complexos, exigindo ações antecipadas.

Sobre as ações de preservação e o Programa de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), Falcette lembrou que Mato Grosso do Sul foi pioneiro na implementação desse programa, que remunera produtores pela preservação ambiental. “Criamos o PSA em 2016 e já atuamos na Serra da Bodoquena. O estado está prestes a lançar um dos maiores programas de remuneração ambiental do Brasil, o Fundo Clima Pantanal“.

Um dos pontos fundamentais, segundo Falcette, para a efetividade dos programas criados, é a comunicação integrada entre o setor ambiental e o setor produtivo. “A Lei do Pantanal é um exemplo de como ouvimos os produtores, a comunidade e a academia. Precisamos trabalhar em conjunto com as prefeituras para que as mudanças alcancem os municípios e, consequentemente, a população“, concluiu.

Confira a entrevista completa no CBN Agro deste sábado (5).