A defesa do tatuador Leandro Coelho Marques, de 32 anos, que ficou cego após a ex-mulher Sônia Obelar Gregório, de 43 anos, jogar soda cáustica no rosto dele espera que a sentença da acusada seja definida até o dia 31 de janeiro.
Nesta semana, foi realizada uma audiência que contou com os depoimentos do tatuador e da acusada. A mulher está presa e responde por lesão corporal gravíssima. Mas para a vítima e o advogado dele, a tipificação do crime é um ponto controverso, pois o caso deveria ser tratado como tentativa de homicídio.
“Ele também perdeu a vida dele, perdeu a fonte de renda, perdeu um dos sentidos mais importantes que o ser humano tem, que é a visão, e ele poderia ter falecido. Foi muito grave. Ele ficou com o rosto desfigurado. Então, na nossa opinião, foi uma tentativa de homicídio”, disse o advogado Gustavo da Fonseca, que ainda complementou: “Nós temos o sentimento de que ela [acusada] está sendo indiciada por um crime bem mais brando do que ela cometeu”.
O caso ocorreu em fevereiro de 2023. O tatuador estava voltando de moto para casa, no bairro Aero Rancho, quando viu a ex-namorada, que pediu para ele parar a moto, como se quisesse iniciar uma conversa.
Quando a vítima parou, a mulher jogou soda cáustica no rosto dele. O tatuador ficou cego. A acusada fugiu após o crime e foi presa apenas em junho de 2024, no estado do Paraná.
O advogado Gustavo da Fonseca explicou que representa o tatuador nos processos de divórcio — ele ainda era casado com a mulher — e de indenização. A vítima pede cerca de R$ 1,3 mi por danos morais, estéticos e lucros cessantes.