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SAÚDE MENTAL

Falta de CAPS em municípios de MS preocupa autoridades

Ausência de Centros de Atenção Psicossocial impede a implantação de residências terapêuticas e compromete a rede de atenção à saúde mental do estado

Centro de Atenção Psicossocial em Campo Grande
Centro de Atenção Psicossocial em Campo Grande | Foto: Reprodução/ Prefeitura CG

Mato Grosso do Sul possui 79 municípios, mas a maioria não conta com Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), essenciais para o atendimento em saúde mental. Apenas os quatro maiores municípios — Campo Grande, Dourados, Três Lagoas e Corumbá — possuem residências terapêuticas, que funcionam como moradias alternativas para pessoas em tratamento prolongado.

A implantação de novas residências terapêuticas depende da existência de CAPS nas cidades, que são pré-requisitos para esse tipo de estrutura. Muitos municípios com mais de 15 mil habitantes, como Amambaí, Miranda, Jardim e Ladário, deveriam contar com pelo menos um CAPS I, conforme critérios do Ministério da Saúde, mas ainda não oferecem esse serviço.

Outras cidades, como Porto Murtinho e Inocência, embora tenham populações menores, estão em monitoramento devido ao aumento esperado de habitantes com a implantação de grandes projetos, como a Rota Bioceânica e a chegada de novos empreendimentos. Nessas localidades, a criação de CAPS também é considerada essencial.

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul, por meio do Núcleo de Apoio Especial à Saúde (NAES), acompanha a situação e recomenda a criação de CAPS em 16 municípios. O objetivo é garantir que mais cidades ampliem o acesso à saúde mental e criem as condições necessárias para implantação de residências terapêuticas.

Os CAPS oferecem atendimento a pessoas com sofrimento psíquico grave ou em situação de crise.

*Com informações do MPMS