Mato Grosso do Sul possui 4,7 milhões de hectares de pastagens degradadas que podem ser recuperadas, abrangendo 38 mil propriedades. Os dados foram apresentados nesta semana em reunião do comitê gestor do Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas (PNCPD) que contou com a participação da equipe da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc).
O PNCPD foi criado pelo Governo federal em dezembro de 2023, com objetivo de promover e coordenar políticas públicas de conservação de pastagens degradadas em sistemas sustentáveis que fomentem boas práticas agropecuárias que levem à captura de carbono. A pretensão também é que seja realizada a recuperação e conversão de até 40 milhões de hectares de pastagens até 2034.
O programa considera pastagens degradadas aquelas resultantes do processo evolutivo de perda de vigor, produtividade e capacidade de recuperação natural. Essas pastagens são incapazes de sustentar os níveis de produção e a qualidade exigida pelos animais.
Em MS, existem 12 milhões de hectares de pastagens degradadas, sendo 4,7 milhões que poderão ser trabalhados com algum tipo de atividade, seja agricultura, pecuária, sistemas agroflorestais, ou silvicultura. Desde 1999, o Estado converteu 4 milhões de hectares para atividades agrícolas, sistemas florestais e outras produções.
O Plano Estadual tem meta definida para recuperar 1,16 milhão de hectares de pastagens degradadas no período de 2020-2030, independente de ações do Governo Federal e de iniciativas dos próprios produtores rurais, que dispõem de linhas de crédito do Plano Safra e de outros fundos para investir em projetos dessa natureza.
*Com informações da Acrissul