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Mato Grosso do Sul registra mais de 34 mil raios no verão

Fenômeno é comum nesta estação e exige cuidados para garantir a segurança da população

Descargas elétricas em Campo Grande durante tempestade
Descargas elétricas em Campo Grande durante tempestade | Foto: Reprodução/ Clima ao Vivo

Desde o início do verão, em 21 de dezembro, até ontem (13), Mato Grosso do Sul registrou 34.189 descargas atmosféricas, segundo dados do NetClima. Este número reflete o impacto das condições climáticas típicas da estação, marcada por altas temperaturas e tempestades frequentes.

O professor de física da UFMS, Widinei Alves Fernandes, explica que o barulho do trovão é um indicativo da proximidade de uma tempestade elétrica. “Se você está ouvindo o trovão, significa que uma descarga ocorreu no máximo a 15, 20 km de você. E enquanto ouvir o trovão, você está dentro da ação das próximas descargas, ou seja, está em risco”, alerta o especialista.

O verão e a primavera concentram mais de 75% das descargas elétricas, que tendem a ocorrer no período da tarde e início da noite. Segundo Fernandes, o aquecimento do solo, combinado com a umidade trazida pela Amazônia ou por sistemas atmosféricos como frentes frias, cria as condições ideais para a formação de tempestades.

Cuidados durante tempestades

As descargas atmosféricas podem ser perigosas tanto em áreas externas quanto dentro de casa. Fernandes destaca que relâmpagos que atingem superfícies sólidas, incluindo pessoas, são classificados como raios e podem causar acidentes fatais.

Ele recomenda evitar atividades ao ar livre, especialmente perto de estruturas metálicas, morros, piscinas ou campos de futebol. “Sempre procure abrigo, como uma residência ou um carro que não seja conversível”, orienta.

Mesmo em ambientes fechados, é necessário adotar medidas de proteção. Durante tempestades, é importante evitar o uso de aparelhos elétricos e não tomar banho, pois as descargas podem atingir a rede elétrica e causar choques. “Se você estiver ligado a um equipamento elétrico ou carregando o celular, uma descarga pode chegar até você”, reforça o professor.

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