O projeto ‘Antas Urbanas’ desenvolvido pela Iniciativa Nacional para Conservação da Anta Brasileira (Incab) completa, em 2024, três anos em Campo Grande.
Neste período, os pesquisadores conseguiram abordar três animais: ‘Duro de Matar’, ‘Morgado’ e ‘Luzia’. Segundo a médica-veterinária do projeto Incab, Fernanda Jacoby, o Duro de Matar, primeira anta capturada em 2021, tem cerca de 10 anos. Conforme veterinária, os primeiros dados do bicho apontados pela pesquisa são animadores.
“A gente realiza monitoramento sanitário desses animais, então a gente coleta sangue, carrapato, faz sorologia, realiza estudos toxicológicos, então é uma bateria mesmo de exame. Nos primeiros resultados, os parâmetros sanguíneos estavam ok, os bioquímicos estavam ok. Ele só apresentou alguns agentes etiológicos ali, que a gente encontrou, mas que são comuns de encontrar nas antas, como a leptospirose, língua azul, que não são doenças, são só os agentes que estão presentes ali, que esses animais carregam”.
As antas podem atingir cerca de 300 quilos e medir cerca de 1 metro e meio de comprimento. Apesar do comportamento lento e manso, a veterinária alertou para os cuidados ao avistar com o animal na rua.
“Não se aproximar, porque apesar dela parecer tranquila, a anta pode atacar. Ela é muito forte, então ela pode sair correndo em cima da pessoa, atropelar a pessoa. O que a gente recomenda é admirar o animal de longe, curtir esse avistamento de longe, em Campo Grande você avistar estes animais andando, fazendo uma caminhada, é incrível”.
Além de Campo Grande, o projeto do Incab também é desenvolvido na região pantaneira com base em Aquidauana.