A forte chuva que caiu ontem (9) em Campo Grande, além de provocar prejuízo econômico e colocar em risco a vida das pessoas, derrubou o discurso da prefeita Adriane Lopes (PP) de que as obras estruturantes de sua gestão “colocaram fim a problemas crônicos de alagamentos na cidade”.
Em pouco mais de meia hora, centenas de ruas ficaram alagadas, unidades de Saúde interditadas, o Córrego Segredo transbordou, veículos foram arrastados pela água e por muito pouco o caos não se transformou em tragédia, já que a vida de algumas pessoas foi colocada em risco.
Não é de hoje que Campo Grande convive com o caos diante de chuvas intensas como a desta quarta-feira. Há anos o problema se arrasta sem que os gestores efetivamente apresentem solução aos recorrentes alagamentos.
Mas o que chama a atenção não é apenas a incapacidade dos gestores no sentido de solucioná-los, mas sim o discurso da prefeita Adriane Lopes de que não há mais o que temer, pois a situação estaria “sob controle”.
Em sua página na internet, ela postou no dia 13 de agosto passado a seguinte informação: “Obras estruturantes de Adriane Lopes colocaram fim a problemas crônicos de alagamentos em Campo Grande”.
Na sequência, escreve a prefeita: “A gestão da prefeita Adriane Lopes (PP) tem transformado a infraestrutura urbana de Campo Grande ao enfrentar de forma efetiva os desafios de alagamentos que há muito tempo afetam a cidade”.
E prossegue: “Com intervenções estratégicas e investimentos significativos, a administração de Adriane vem eliminando pontos críticos de enchentes, trazendo alívio e segurança aos moradores”.
Não foi o que a população viu na noite de ontem. Os pontos de alagamento continuam, inclusive nas proximidades do Shopping Campo Grande, onde mais alguns minutos de chuva seriam suficientes para a reinstalação do caos.
Ainda na publicação em seu site, Adriane Lopes se autoelogia com o discurso segundo o qual a obra da bacia de amortecimento do córrego Reveilleau “é uma prova da visão futurista e do compromisso da prefeita Adriane com a sustentabilidade e o desenvolvimento econômico de Campo Grande”.
Na verdade, a obra teve início em 2019, na gestão Marquinhos Trad. Nessa época, segundo Adriane Lopes diz em sua campanha a reeleição, ela era apenas peça figurativa, como vice-prefeita, sem qualquer poder de decisão.
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