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'Ciclo se repete', alerta médica sobre gravidez na adolescência

Gestação precoce traz riscos à saúde de mães e filhos

Maria Auxiliadora Dudib, vice-presidente da Febrasgo - Foto: Duda Schindler/CBN-CG
Maria Auxiliadora Dudib, vice-presidente da Febrasgo - Foto: Duda Schindler/CBN-CG

O retrato da gravidez na adolescência em Mato Grosso do Sul foi tema do Jornal CBN CG. Para a vice-presidente da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), Maria Auxiliadora Budib, que trabalha com o assunto há quase trinta anos, o ciclo se repete dentro das famílias.

“Cenário desafiador porque ele não passa apenas pelo atendimento médico. Muitas dessas meninas quando chegam para o atendimento já estão gestantes […] Existe uma fidelização histórica, uma mãe grávida na adolescência, aumenta a chance de repetir esta mesma situação com os filhos. A filha ou o filho também se tornar mãe ou pai precoce”

Segundo Budib, nos últimos vinte anos o número de jovens com idade entre 15 e 19 anos grávidas vem caindo. No entanto, o percentual continua alto. Em Mato Grosso do Sul, em 2020 o percentual de adolescentes grávidas era de 30%, hoje este número é de 16,51%.

De acordo com a vice-presidente da Febrasgo, esta situação precisa ser enfrentada de modo integral com saúde, educação e assistência social.

Durante a conversa ela falou sobre os riscos à saúde de uma gestação precoce – para mães e filhos -, o uso associado de métodos de proteção – como camisinha e  anticoncepcional -, e o impacto social para a vida da mulher gestante na adolescência. Acompanhe a entrevista completa.