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Bioparque Pantanal abre inscrições para terceira edição do Clube de Ciências

Clube de Ciências do Bioparque Pantanal abre inscrições até 8 de maio para estudantes da educação básica da rede pública e privada.

Inscrições abertas para o Clube de Ciências no Bioparque Pantanal
Estudantes desenvolvem projetos no maior aquário de água doce do mundo, em Campo Grande

O Bioparque Pantanal, em Campo Grande, abriu inscrições para a terceira edição do seu Clube de Ciências. Estudantes da educação básica, tanto de escolas públicas quanto privadas, podem participar da iniciativa que visa incentivar a pesquisa, inovação e a educação ambiental. Os projetos devem ser inscritos até o dia 8 de maio, com pelo menos três estudantes por grupo e um professor orientador.

O Clube de Ciências oferece um espaço não formal de ensino onde os alunos podem explorar problemáticas reais de suas comunidades.

“O estudante traz uma questão da realidade local e, a partir disso, desenvolve um projeto de pesquisa que será executado dentro do Bioparque”, explicou Tuani Rezende, coordenadora do programa.

Ela reforça que o objetivo é estimular o pensamento científico desde cedo.

Os projetos inscritos serão avaliados com base em critérios estabelecidos em edital, como justificativa, objetivos e adequação à temática da sustentabilidade e inovação.

Embora não haja cotas específicas, a maior parte dos participantes vem de escolas públicas.

“No ano passado, tivemos apenas uma escola privada participando e onze públicas. Isso mostra o potencial de transformação da rede pública de ensino”, destacou Tuani.

Metodologia e Acompanhamento

A metodologia de avaliação prevê a seleção dos dez melhores projetos. Eles serão acompanhados por uma equipe técnica do Bioparque, que ajudará na adequação das propostas para que sejam viáveis dentro do prazo de seis meses.

“Muitas vezes os alunos pensam grande, mas é preciso ajustar para o tempo e os recursos disponíveis”, explicou a coordenadora.

O Clube de Ciências ainda não conta com apoio financeiro direto, mas os estudantes recebem certificação ao final do processo. A falta de incentivo financeiro, no entanto, é uma preocupação.

“Infelizmente, ainda não temos financiamento. Os professores acabam recorrendo a editais externos como o PICTEC para garantir bolsas”, lamentou Tuani.

Mesmo sem recursos, os resultados do projeto têm sido animadores. Uma ex-participante já foi aprovada em medicina na UFMS, demonstrando o impacto transformador da iniciativa.

A coordenadora acredita que o apoio público pode ampliar ainda mais esse alcance. “Estamos falando de jovens dispostos a mudar suas vidas pela educação. Eles só precisam de oportunidade”, finalizou.