A imunização contra a Covid-19 em comunidades indígenas segue avançada em Mato Grosso do Sul. Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES), 98,16% das 46.180 pessoas que residem em comunidades receberam a primeira dose da vacina até 31 de julho e 83,16% tomou as duas doses.
Com o avanço, houve queda no registro de infecções e no número de óbitos por Covid-19 nas últimas semanas. De acordo com o levantamento feito pela secretaria, de janeiro e julho deste ano, os casos caíram 72,11% e as mortes, 43,61%.
“Como resultado da vacinação, há 15 dias estamos sem ocorrência de mortes por Covid nas aldeias indígenas sul-mato-grossenses”, aponta o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende. Segundo ele, no último mês de julho houve quatro óbitos, entre eles dois de indígenas que se recusaram a tomar a vacina.
Com isso, a pasta considera que o Estado atingiu a chamada “imunidade coletiva” da população indígena.
Das 30 cidades que abrigam aldeias, apenas Coronel Sapucaia, Anastácio, Nioaque, Porto Murtinho, Maracaju, Douradina, Dourados e Rio Brilhante não atingiram o índice de 80% de indígenas completamente imunizados, ou seja, que já receberam a segunda dose da vacina contra a Covid-19.
Coronavírus nas comunidades
No geral, do início da pandemia até o último dia 31 de julho, Mato Grosso do Sul havia registrado 357.373 casos confirmados de Covid-19 e um total de 8.938 óbitos pela doença. Entre os indígenas os números de casos chegaram a 6.108 confirmações e 147 óbitos.
O primeiro caso confirmado de Covid-19 em aldeia indígena do Estado foi comunicado em 13 de maio do ano passado, ocorrido em Dourados. E o primeiro óbito na população indígena em terras homologadas ocorreu também em Dourados, sendo ambos da etnia Guarani-Kaiowá.
Desde o início da campanha de vacinação nas comunidades indígenas sul-mato-grossenses, houve 43 óbitos por Covid-19, sendo, 23 em contexto urbano (53%) e 20 em territórios indígenas (47%). Das mortes, 95% ocorreram mesmo com hospitalização e 5% sem assistência médica. (Com informações da SES)