As obras na avenida Ernesto Geisel estão paradas desde 2019 e nesses mais de dois anos, os moradores seguem esperando a conclusão delas. É o caso do aposentado João Pereira. Ele mora há mais de 20 anos no Jardim Nhanhá e viu muitas transformações na região, exceto o fim da última obra na Ernesto Geisel. Ele explicou que a situação da via está perigosa e coloca em risco a vida de motociclistas, por exemplo.
“Eles fizeram a metade [obras na avenida] e não terminaram. Os barrancos estão quebrando. Lá depois do Guanandizão botaram um bocado de pau lá pra matar motoqueiro, aquilo lá chama ‘mata motoqueiro’. Botaram uns concretos bem ali [outra parte da avenida Ernesto Geisel] e vai ser outro local de matar motoqueiro. De certo tem uma cratera ali e botaram para proteger, mas o pessoal vem sem prestar atenção e uma hora morre um ali”.
Outra situação que chama atenção é a da segurança. O administrador de empresas, Cristiano Rubini, disse que a sensação é de abandono.
“Pra gente é um transtorno em vários aspectos. Os usuários constroem barracos e fazem pequenos furtos, até mesmo em fiação de rede pública. A gente se sente abandonado, porque começaram as obras, criamos expectativa e muitos fizeram investimentos nessa região. Mas aí parou a obra e nós ficamos com esses transtornos”.
Rubini trabalha em uma empresa localizada na Ernesto Geisel e explicou que planejou esperar as obras na avenida terminarem para então reformar a empresa. Mas com a demora, decidiu fazer as obras no final de 2021.
Em entrevista à CBN Campo Grande, o secretário municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, Rudi Fiorese, disse que uma relicitação deve ser aberta ainda neste semestre para os trechos 2 e 3 da avenida Ernesto Geisel e que o valor inicial de R$ 25 milhões pode sofrer aumento de 30%, cerca de R$ 7,5 milhões.
As obras na avenida Ernesto Geisel começaram em 2018 e somente o trecho 1 foi concluído. Já os 2 e 3 ficaram parados, pois a Empreiteira Dreno Construções abandonou a obra. Os motivos seriam atraso de repasse do Governo Federal e aumento no preço dos materiais de construção, em especial cimente e aço, devido a pandemia, o que inviabilizou o contrato, segundo a Prefeitura de Campo Grande.
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