A Semana da Inovação promovida pela Unimed Campo Grande chega ao fim nesta quinta-feira (24), após uma série de atividades que colocaram em pauta o futuro da saúde com base em dados, tecnologia e inteligência artificial.
Voltado não apenas a profissionais da cooperativa, mas a todo o ecossistema da saúde, o evento buscou aproximar conceitos inovadores da prática clínica cotidiana e discutiu como implementar soluções tecnológicas sem abrir mão do atendimento humanizado.
Em entrevista ao programa Microfone Aberto, da Massa FM Campo Grande, a agente de inovação da Unimed Campo Grande, Arianne Hiran Bispo da Silva, destacou que uma das atividades que mais chamou atenção foi a palestra sobre RPA (Automação Robótica de Processos).
“Depois da palestra, vários colaboradores começaram a explorar por conta própria como implementar automações no dia a dia. Foi surpreendente ver esse engajamento prático tão imediato”, relatou.
Outro destaque, segundo Arianne, foi a participação do secretário Secretário-Adjunto de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Ricardo Senna, que abordou o papel da inovação no desenvolvimento regional e o ineditismo da Unimed CG ao realizar um evento aberto à comunidade focado em tecnologia na saúde.
“Somos a primeira empresa do setor privado aqui no Estado a promover algo nesse formato, voltado não só para os nossos colaboradores, mas para todo o setor”, afirmou.
Inteligência artificial como ferramenta de apoio, não de substituição
Um dos temas centrais da semana foi o uso da inteligência artificial (IA) no atendimento médico. A agente de inovação reforçou que a tecnologia deve ser vista como uma aliada do profissional da saúde, não como uma ameaça.
“A IA pode ajudar desde a anamnese até a predição de riscos, mas quem continua no centro do cuidado é o médico. O atendimento humanizado segue sendo fundamental”, defendeu.
A Unimed CG, segundo Arianne, já utiliza IA em diversas frentes, muitas vezes sem que o usuário perceba. “Muita gente conversa com um sistema de IA e não percebe. Então é importante mostrar o que está por trás disso, e como essas ferramentas podem ser incorporadas de forma ética e eficiente.”
Dados clínicos e planejamento estratégico
Além da IA, o uso de plataformas de dados clínicos foi apontado como fundamental para antecipar demandas e promover uma gestão mais eficiente. “A gente consegue prever o comportamento da população assistida, por exemplo, em períodos com aumento de casos de gripe. Isso nos permite organizar campanhas, como a de vacinação, e planejar melhor o cuidado nos próximos trimestres”, explicou.
Concretização a curto prazo
A semana, de acordo com Arianne, também teve caráter prático. Oficinas como a promovida pelo Senac, voltada para o uso da IA na humanização do cuidado, contaram com alta participação de profissionais da saúde, como enfermeiros e fisioterapeutas.
“A expectativa é sair da semana já com iniciativas concretas, aplicáveis, que melhorem o dia a dia dos profissionais e dos pacientes”, afirmou.
Evento aberto ao ecossistema
A Semana da Inovação foi aberta a toda a comunidade da saúde — estudantes, professores, profissionais e gestores — e contou com atividades durante manhã, tarde e noite. “Esse movimento de abrir o evento é estratégico: queremos ampliar o debate sobre inovação em saúde e mostrar que ela está ao alcance de todos, não apenas de quem atua em grandes centros tecnológicos”, concluiu.