Após o adiamento do leilão da Rota da Celulose, que seria realizado no dia 6 de dezembro, o projeto que prevê a concessão de trechos de cinco rodovias no Mato Grosso do Sul deve ser reapresentado ao mercado no primeiro trimestre de 2025.
A decisão de adiar o processo foi atribuída a fatores econômicos, como as altas taxas de juros e a saturação de projetos concorrentes no setor de infraestrutura.
A Rota da Celulose envolve a concessão de 870,3 km em trechos das rodovias estaduais MS-040, MS-338 e MS-395, além das federais BR-262 e BR-267. Com duração prevista de 30 anos, a iniciativa inclui melhorias como duplicações, acostamentos, passagens de fauna, contornos viários e pontos de parada e descanso para caminhoneiros.
A concessão visa melhorar a logística de uma região em expansão econômica, garantindo segurança, mobilidade e qualidade para usuários e empresas que utilizam as vias para transporte de cargas, especialmente de celulose, um dos produtos mais exportados pelo estado.
Expectativas e desafios
O governador Eduardo Riedel (PSDB) destacou o impacto positivo do projeto no desenvolvimento estadual, enfatizando a atratividade do Mato Grosso do Sul para investidores. “O estado tem um projeto de desenvolvimento consolidado e está preparado para receber investimentos que aumentem a competitividade e a segurança logística”, afirmou.
Já a secretária do Escritório de Parcerias Estratégicas (EPE), Eliane Detoni, explicou que o mercado atual não favoreceu o leilão. “Com taxas de juros elevadas e uma grande oferta de projetos de concessão no país, o cenário não foi propício. Agora, faremos uma reavaliação para garantir que o projeto esteja alinhado às expectativas do mercado”, disse.
Estrutura e serviços previstos
Entre os serviços oferecidos no projeto estão 19 guinchos para socorro mecânico, 13 ambulâncias para atendimento médico, 7 veículos de inspeção de tráfego e 5 caminhões adaptados para situações como apreensão de animais. Além disso, haverá postos de atendimento aos usuários com áreas de descanso, sanitários e suporte técnico.
*Com informações do Governo de MS