A condição da qualidade do ar nesta sexta-feira (13) em Campo Grande é a pior registrada no ano. A fumaça tomou conta do céu da cidade nos últimos dias e a situação se agrava ainda mais com a chegada de uma frente fria, que traz para Mato Grosso do Sul a poluição do ar de incêndios florestais dos países vizinho, como Bolívia e Paraguai. O cenário se agrava ainda mais porque já havia no estado a fumaça vinda dos incêndios no Pantanal e na Amazônia.
A unidade da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) em Campo Grande possui uma Estação de Monitoramento da Qualidade do Ar que divide o índice nas classificações: Boa, Moderada, Ruim, Muito Ruim e Péssima. Hoje, a estação registrou a qualidade do ar na capital em 156, considerada Muito Ruim.
Os valores de concentração que classificam a qualidade do ar como “boa” são os valores recomendados pela Organização Mundial da Saúde (WHO, na sigla em ingles) como sendo os mais seguros a saúde humana.
Em entrevista à Rádio CBN Campo Grande nesta manhã, o coordenador do projeto QualiAR na universidade (UFMS), Widinei Alves Fernandes, explicou que o registro traz riscos à saúde da população e também deu mais detalhes sobre a movimentação da fumaça após a chegada da frente fria.
"Há queimadas nos países vizinhos, que emitem diversos poluentes. Essa frente fria trouxe essa fumaça e esses poluentes para Mato Grosso do Sul. Foi o que aconteceu entre a noite de ontem e manhã de hoje. A qualidade do ar já não estava boa, segundo os nossos medidores estava na condição moderada, que já é ruim, e ontem foi para ruim e hoje a qualidade já é considerada muito ruim. Toda a população pode ser afetada agora por essa fumaça", afirmou o coordenador.
Confira a entrevista completa: