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Consenso sepulta guerra interna no Tribunal de Contas

Colunista Adilson Trindade durante o jornal desta quarta-feira.
Colunista Adilson Trindade durante o jornal desta quarta-feira. | Foto: Karina Anunciato/CBN-CG

A tensão na definição da nova Mesa Diretora do Tribunal de Contas do Estado foi aliviada com a decisão do atual presidente Jerson Domingos desistir de concorrer à reeleição. Com afastamento de 4 conselheiros – Iran das Neves, Ronaldo Chadid, Osmar Jerônymo e Waldir Neves -, sobraram apenas três para dirigirem a Corte Fiscal.

E Jerson não tinha apoio dos que ficaram no tribunal – Flávio Kayatt e Márcio Monteiro – para continuar no cargo. Mas tinha como grande aliado o Regimento Interno. A regra diz que não havendo consenso para montagem de chapa, o conselheiro mais antigo assumiria a presidência. A segunda opção seria o mais idoso. Jerson preenche esses dois requisitos se quisesse partir para o enfrentamento.

Jerson, no entanto, abriu mão de usar a força do regulamento para continuar presidindo a Corte Fiscal. Com essa decisão, Flávio Kayatt ganhou a chance de ser eleito presidente no dia 18 deste mês. E Jerson será o vice e Monteiro, o corregedor.

Só que para chegar ao consenso, a pressão correu solta nos bastidores. Até o governador Eduardo Riedel (PSDB) entrou na jogada para viabilizar a candidatura de Kayatt. Ele é um aliado do governador e do ex-governador Reinaldo Azambuja, líderes do PSDB.

Já Jerson, nunca foi aliado dos dois. Ele sempre manteve uma relação institucional com o governador e de atritos com Azambuja, que fez de tudo para impedir a sua eleição para presidente, em 2022.

Com a troca da presidência, Jerson assumirá a relatoria das contas do Fundersul, Agesul e outros órgãos do Governo do Estado.

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