A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso do Sul (Fecomércio-MS) divulgou os resultados da pesquisa de Intenção de Consumo em Campo Grande (ICF) para o mês de março. O estudo revela um consumidor mais confiante em relação à estabilidade no emprego, porém com uma preferência por economizar.
De acordo com a pesquisa, 57% da população se sente mais segura em relação ao seu emprego e 61,8% acreditam que suas carreiras estão progredindo. Esse cenário positivo tem impulsionado o consumo na cidade, mantendo o índice acima de 110 pontos desde janeiro deste ano, em comparação aos 98 pontos registrados em março do ano passado.
Em janeiro deste ano, o índice ICF foi de 110,1; em fevereiro, 110,9; e em março, retornou para 110,1.
A economista da Fecomércio, Regiane Dedé de Oliveira, analisa o período.
"Nós estamos com esse índice ainda na zona de conforto […] estando acima de 100 pontos, é satisfatório. O consumidor campo-grandense está propenso a comprar. Temos o período de Páscoa, estamos na Semana Santa, e esperamos que em abril nós voltemos a crescer com esse índice por conta do período de Páscoa e, logo em seguida, o Dia das Mães", explica.
Apesar do aumento na confiança e estabilidade nos índices de 2024, os consumidores estão reduzindo seus gastos. Cerca de 40% [39,9%] afirmam estar gastando a mesma quantia que em 2023, enquanto quase 32,7% estão gastando menos. Além disso, aproximadamente 27,5% da população enfrenta dificuldades com acesso ao crédito.
Esses dados refletem um contexto no qual os consumidores, embora mais seguros em relação ao emprego e à economia, estão adotando uma postura mais conservadora em relação aos gastos e investimentos, priorizando a poupança em um cenário de incertezas econômicas.
O consumo de bens duráveis também registrou uma queda em Campo Grande, com uma proporção significativa de consumidores evitando investimentos grandes devido ao momento econômico incerto. Enquanto 49,9% dos entrevistados consideram que não é um bom momento para grandes investimentos, 39,7% estão optando por investir com cautela.