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CONSEQUÊNCIA DAS QUEIMADAS

Corumbá e Ladário registram forma mais mortal de poluição do ar

Municípios pantaneiros ficaram cobertos por fumaça densa que escondeu o sol

Fumaça é vista no horizonte de morraria - Foto: Rodolfo César/ Corumbá
Fumaça é vista no horizonte de morraria - Foto: Rodolfo César/ Corumbá

A Base de Medição da Qualidade do Ar instalada na sede do Prevfogo/Ibama, em Corumbá, identificou que na quarta-feira (4) houve o registro de uma das formas mais mortais de poluição. Conforme a medição, houve registro de 423 partículas por milhão de partículas em suspensão – tamanho 2.5.

A classificação PM 2.5 representa partículas sólidas com menos de 2.5 micrômetro de tamanho, suficientes para entrar na corrente sanguínea das pessoas. O dano à saúde ocorre a médio e longo prazo, além de causar alergias respiratórias. 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) informa que o ser humano não deve respirar mais de 5 microgramas de material particular fino por metro cúbico de ar, em média, ao longo do ano.

Essa medição foi também o pior nível identificado, desde 5 de agosto, quando o equipamento passou a ser operado em Corumbá. O sistema foi cedido pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM).

Ao longo de toda a quarta-feira, o céu de Corumbá e Ladário ficou encoberto por uma fumaça densa que escondeu o sol. A mesma situação foi registrada nesta quinta-feira (5), com muita quantidade de fumaça no ar.

Essa condição atmosférica de fumaça densa atingiu também outros municípios. Até em Miranda, que fica a 220 quilômetros de Corumbá, havia a mesma situação. Em Jardim, que fica a mais de 400 quilômetros da Capital do Pantanal, também houve registro de fumaça.

A gravidade dos incêndios florestais no Pantanal existe não apenas no território brasileiro. Na Bolívia, há várias frentes de fogo intensas. No Parque San Matías, que faz fronteira com o Brasil, na região da Serra do Amolar (Corumbá), na manhã desta quinta-feira havia uma linha de fogo de cerca de 30 km de extensão.

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